A origem da brincadeira do "Dia da Mentira", lembrada todo ano no dia 1º de abril, tem relação com o ano novo e se deve à mudança no calendário cristão, instituída no século XVI.
A explicação vem da França, no reinado de Carlos 9º. Lá, o ano novo começava a ser comemorado em 25 de março, com a chegada da primavera, e só terminava uma semana depois, no dia 1º de abril. A data era marcada por grandes festas e diversas trocas de presentes.
No entanto, em 1562, o papa Gregório 13 instituiu o chamado calendário gregoriano para todo o mundo cristão, no qual o ano novo passou a ser no dia 1º de janeiro.
Por dois anos, o rei francês resistiu e manteve a comemoração do ano novo na antiga data, mas, em 1564, seguiu o decreto papal. Mesmo assim, muitos franceses não se desprenderam de seus costumes e continuaram com a antiga celebração.
Parte da população começou a ridicularizar o apego das pessoas com a antiga data e as apelidaram de os "bobos de abril". A partir daí, começaram a pregar peças, enviando convites para festas que não existiam e presentes estranhos. A brincadeira firmou-se em todo o país e depois se espalhou para o resto do mundo.