Manifestações

Estudantes protestam em BH contra cortes nas universidades públicas

Principais pontos de manifestação são as praças da Estação, Sete e Raul Soares

Qua, 15/05/19 - 10h45

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Estudantes, docentes, servidores e sindicatos fazem manifestações nesta quarta-feira (15) em Belo Horizonte. Os atos também ocorrem em ao menos 22 Estados e no Distrito Federal contra o bloqueio de verbas destinadas à educação promovido pelo governo federal.

O principal ponto de concentração foi a praça da Estação, no centro de BH. De lá, os manifestantes se dividiram e se deslocaram para as praças Sete e Raul Soares, também na região central.

A avenida Amazonas, um dos principais pontos de deslocamento dos manifestantes até o centro de BH, teve trânsito desviado para a rua dos Tupis, na altura da praça Raul Soares. O fluxo na avenida Afonso Pena e ruas adjacentes também é lento.

(Clique e veja impactos da manifestação no trânsito da capital)

Integrantes da Central Única dos Trabalhadores (CUT) distribuem panfletos convocando os servidores para uma greve geral, marcada para 14 de junho.

A grande adesão de servidores, principalmente da educação e saúde, afetou vários serviços públicos nesta quarta-feira.

Praça lotada

A concentração na praça da Estação começou às 9h30 e por volta das 11h, o local já estava completamente lotado.

Além de gritos de ordem, os manifestantes exigem que o governo federal volte atrás nas decisões. O governo estadual também é alvo dos protestos com frases de efeito como "educação nunca foi prioridade".

Além da capital mineira, outros municípios do Estado também têm protestos marcados para esta quarta-feira (15). 

Protesto na UFMG e Cefet

Centenas de pessoas se reuniram em frente à Faculdade de Medicina da UFMG. No microfone, professores e alunos falaram sobre os motivos dos protestos e projetos que estão ameaçados pelos cortes do governo de Jair Bolsonaro.

Um dos projetos de pesquisa da universidade, exibido em cartazes no ato, produziu um kit para fazer diagnóstico de resistência da tuberculose. O trabalho contou com alunos bolsistas, em parceria com a Rede Brasileira de Pesquisa em Tuberculose (Rede-Tb).

"É uma produção nossa, que transferiu essa tecnologia para a indústria", explica a professora da faculdade de Medicina da UFMG, Silvana Espíndola. Hoje, diz ela, há 34 casos de tuberculose a cada 100 mil habitantes no país. O número está estabilizado, com índice considerado moderado de carga, mas preocupa se houver congelamento em investimentos sociais.

Outro grupo se reuniu às 7h da manhã em frente ao Centro Federal de Educação Tecnológica de Minas Gerais (Cefet), na avenida Amazonas, na região Oeste de Belo Horizonte. O grupo, composto por cerca de cem alunos, seguiu para a praça da Estação.

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Esta matéria está em atualização. Última às 12h47

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Com agências