Após assegurar, junto ao governo federal, R$ 520 milhões em recursos do programa Minha Casa Minha Vida, a Prefeitura de Belo Horizonte se organiza para publicar, nos próximos dias, um chamamento público para empreiteiras e construtoras interessadas em executar as obras. Está prevista a construção de 3.060 unidades habitacionais — cada uma orçada em R$ 170 mil.

Segundo divulgou o município nesta quinta-feira (23 de novembro), serão 16 conjuntos residenciais, que terão entre 80 e 300 apartamentos cada um. As regiões definidas para a construção dos imóveis são as seguintes: Pampulha, Barreiro, Venda Nova e Leste. A prefeitura não divulgou a localização exata dos projetos.

O prefeito Fuad Noman (PSD) comemorou o recebimento dos recursos. "Belo Horizonte há muito tempo não recebia para um programa dessa magnitude. Estamos muito felizes e agradecidos ao presidente Lula e ao governo federal", afirmou, garantindo que a construção será iniciada "o mais rápido possível", mas sem apresentar uma previsão.

Área do Aeroporto Carlos Prates não será usada

Procurada pela reportagem, a Prefeitura de Belo Horizonte afirmou que a área onde operava o aeroporto Carlos Prates, na região Noroeste, não receberá habitações nessa leva de recursos do governo federal. Em julho deste ano, após a desativação do aeródromo, o município apresentou uma proposta de construção de 4,5 mil moradias no espaço.

O município também pretende construir outros espaços públicos no local, como escolas, uma Unidade de Pronto Atendimento (UPA), um museu e um centro cultural, além de um parque e uma pista de skate.

O aeroporto foi desativado pela Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) para pousos em 1º de abril e para decolagens em 30 de maio — mesma data em que foram pintados "X" na área, símbolo que interdita definitivamente a pista para aeronaves.