O gosto pelo desenho começou na infância. Tinha fascínio por lápis de cor e canetinhas coloridas. “Na adolescência fiz cursos de desenho já com o pensamento de que no futuro, talvez, eu pudesse trabalhar com isso. No entanto, percebi que era uma opção insustentável financeiramente. Deixei a ideia de lado e fui para a área da beleza: sou cabeleireiro”, comenta Alexandre Domingos, conhecido como Alê dos Anjos, 43, sagitariano, terapeuta holístico e que há nove anos trabalha com a canalização de protetores espirituais por meio de desenho. 

O caminho foi longo. Alê mergulhou no universo da espiritualidade, frequentou algumas religiões, mas não se fixou em nenhuma. “Em minha busca espiritual, conheci o trabalho de Rosa Teubl na internet e fiquei completamente hipnotizado. Ela tem um trabalho lindo, que junta espiritualidade com a arte, o desenho e a pintura”, conta. 

É claro que Alê encomendou um desenho do seu anjo da guarda para Rosa. “Junto veio uma cartinha com as impressões da artista e uma mensagem do meu anjo dizendo que eu tinha o mesmo dom que ela e, se eu quisesse, poderia realizar o mesmo trabalho que Rosa. Pedi ajuda a ela, que, gentil e pacientemente foi me passando tudo. Considero-a minha mestra”, diz o artista. 

No início, Alê começou a desenhar despretensiosamente. “Eu me sentava em frente ao bloco de papel com lápis de cor, fazia uma oração e perguntava se alguma entidade gostaria de ser retratada. E os primeiros desenhos foram surgindo. Postei alguns nas redes sociais, as pessoas comentavam, até que um dia uma pessoa me encomendou um desenho. A partir daí, eles tomaram uma dimensão oficial”, diz. 

Encomenda feita, Alê se senta de frente a uma folha em branco de papel fabriano e pega o giz pastel. Antes disso, ele já tinha lido com atenção as respostas de um questionário que ele envia para a pessoa, com uma série de perguntas, como nome completo, data de nascimento, suas cores preferidas, suas crenças, se já teve alguma vivência espiritual. Momento de se concentrar. 

“Faço uma oração e pergunto se alguns dos protetores daquela pessoa gostaria de ser retratado. Começo pelos olhos, e o rosto vai ganhando forma. Depois desenho a roupa, adereços e objetos. Todo o processo é intuitivo. Não vejo nem escuto os mentores. Às vezes tenho um flash em minha tela mental”, explica o artista. 

Além do desenho, a pessoa recebe uma mensagem. “Pode ser algo pessoal, mas também da atualidade ou planetário. Os mentores acabam revelando coisas do mundo espiritual e de outras dimensões. As informações que vão com o desenho deixam as pessoas acalentadas, preenchem seus corações de amor, e elas entendem que não estão sozinhas aqui”, ressalta Alê. 

SERVIÇO: Alê dos Anjos abre semestralmente sua agenda para a canalização de desenhos de anjos e mentores e também oferece um curso de desenho. As datas são comunicadas em suas redes sociais. Fique ligado no seu Instragam @despertarcomarte 

Seres podem ter dois gêneros 

Alê dos Anjos comenta que seu trabalho é captar a essência da energia dos seres, e não como eles são realmente. “Anjos são basicamente seres de luz, não têm forma e podem se moldar do jeito que quiserem, como animal ou qualquer outra coisa. Mas seria estranho entregar uma luz para a pessoa, então vou conversando com o anjo e pergunto como ele gostaria que fosse seu rosto, seus olhos, seu nariz e seu cabelo. É uma troca, uma conversa em que o ser vai se moldando através daquilo que vou sentindo”, explica. 

Ele desenha anjos, mentores, fractais de alma, essências estelares, dragões mágicos e elementais. “Geralmente, seres extraterrestres e anjos se apresentam possuindo os dois gêneros, masculino ou feminino. Eles se mostram com traços andróginos. Afinal, qual é o sexo dos anjos?”, brinca. 

O artista comenta que os seres celestiais e mentores têm as polaridades feminina e masculina em equilíbrio. “Eles dizem que não precisam de outro ser para gerar uma nova vida. Em algumas tribos indígenas e comunidades da Índia, as pessoas que têm essa dupla sensação de gênero são consideradas ‘deuses’. Entre nós, a identidade de gênero foi deturpada pelas religiões e é vista como doença”, declara. (AED) 

Luz vence as trevas 

O mundo espiritual vem transmitindo mensagens sobre o planeta para Alê dos Anjos, que capta tudo por meio de sua sensibilidade. E os seres retratados por ele têm sido enfáticos em suas mensagens. 

“O planeta está em um processo crucial de evolução e precisa passar para outro plano dimensional. As pessoas devem despertar. Por mais que a gente pense que está tudo perdido, não está. Tudo virá à tona. Fazemos parte de um sistema planetário e não podemos atrasar essa evolução”, observa Alê. 

O artista está convencido de que a era de domínio das trevas terminou. “Por mais que tentem e persistam, a luz vencerá. O Brasil será a nova Atlântida e vai trazer o plano espiritual para o planeta, tornando-se um modelo de civilização. É preciso orar para que o Cristo renasça no coração de todos e o amor consiga vencer”, finaliza. 

Acely Hovelacque e Roberto Crema convidam para

encontro pela paz 

“Seja a paz que você quer ver no mundo”, já nos convocava Mahatma Gandhi. E esse tem sido um desafio enorme para a humanidade na senda da existência evolutiva. Para explorar este tema, os grupos Círculos de Sophia 2022 promoverão o encontro “Paz: uma utopia realizável, um pacto curativo com a força da vida”, um diálogo entre a médica homeopata e curadora do projeto Mendja, os Jardins do Buda da Medicina,

Acely Hovelacque e Roberto Crema, terapeuta e reitor da Universidade da Paz (Unipaz). 

“O bem mais precioso que buscamos e que tanto nos falta nos tempos cruciais que estamos atravessando em nossa família humana é a paz. Shalom, em hebraico, significa ‘inteiro, pleno’. Nessa perspectiva, a paz é uma consequência de uma mínima consciência de inteireza conquistada no interior de nós mesmos”, comenta Acely.

Ela enfatiza que, por outro lado, “o contrário da paz, de acordo com a sabedoria taoísta, não é conflito, já que é necessário o bom combate, com as armas da educação, da consciência, da cooperação e do amor compassivo. O contrário da paz é estagnação: onde estivermos estagnados, no corpo, na alma, na consciência, nos relacionamentos, aí teremos perdido a paz. Paz é inteireza em movimento”. 

AGENDA: O evento acontecerá no próximo dia 4, às 19h, no Teatro Feluma, na alameda Ezequiel Dias, 275. Inscrições pelo Sympla no link: www.mendja.com.br/Sophia2022