Dia do Corno: conheça origem do termo que já foi tabu e hoje é fetiche sexual

Dia 25 de Abril é 'celebrado' o Dia do Corno. Na cultura popular brasileira, o termo vigorou exclusivamente como algo pejorativo e, atualmente, uma variante da situação tornou-se um fetiche cada vez mais popular, conhecido como 'cuckold'. Essa dubiedade é algo bem recente ao passo que o termo surgiu de uma festa profana realizada na Europa. 

Tudo teria começado com uma festa religiosa realizada no dia de São Marcos, nos Açores, em Portugal. Homens traídos por suas mulheres seguiam em procissão até um tempo. No local, recebiam uma benção e uma coroa enquanto os homens solteiros assistiam ao ato. 

Conta-se ainda que a igreja proibiu a realização desta festividade, mas ela continuou mesmo sem aval tornando-se, assim, profana. A ligação com chifres teria vindo da celebração seguinte à proibição da igreja. Nesta ocasião, um boi chifrudo teria entrado no recinto e se ajoelhado durante a coroação. Daí, a ligação com chifres foi estabelecida.

Mas há registros anteriores a esse. Ainda no século II, o grego Artemiodoro citou o termo Kérata poiein, que significa "fazer corno a, enganar um marido". O termo, portanto, é bem antigo. 

No Brasil, homens traídos por suas mulheres começaram a ser chamados de chifrudos de forma pejorativa, às vezes até mesmo como um xingamento. Com a música popular brasileira, especialmente com a sertaneja, o termo ganhou popularidade e, digamos, mais aceitação. Reginaldo Rossi, eternizou o sofrimento de um corno em "Garçom". Além dele, é possível citar "Infiel" de Marília Mendonça e "Por um Minuto", de Bruno e Marrone. 

• Leia também: Cuckold: fetiche não deve ser visto como algo bizarro e doentio

Porém, atualmente, outro termo para uma situação similar também vem ganhando força e adeptos. Trata-se de 'cuckhold', termo em inglês utilizado para designar homens que tem prazer em assistir suas parceiras tendo relações sexuais com outro(s) homem(ns). 

De acordo com uma pesquisa realizada pelo site Sexlog em 2022, especializado em swing, 90% dos usuários entrevistados têm interesse no fetiche. (Com informações de Folha, Super Interessante e O Hoje)