Autoconhecimento

O segredo é reconhecer o que realmente importa

Carmen Shanghai lança livro com dicas para uma vida plena

Por Da Redação
Publicado em 07 de maio de 2019 | 03:00
 
 
Expertise. Carmen Shanghai formou centenas de pessoas em todo mundo e lança seu primeiro livro Foto: Ana Elizabeth Diniz

Chega de sustentar relações autodestrutivas por não se conhecer, chega de fazer as mesmas coisas e esperar resultados diferentes, chega de não saber o que é realmente importante para você.

“Se você não está satisfeito com sua vida, se há algo nela que não lhe faz bem, se você tem aquele sentimento de que falta alguma coisa apesar de parecer estar tudo bem, venha comigo e diga ‘chega’”, é o que propõe Carmen Saez Dy Uai, a Shanghai, especialista em medicina tradicional chinesa, com formação em bioenergética reichiana e mestra em teoria da abrangência.

Nascida em São Paulo, filha de pai basco-espanhol e mãe chinesa, Shanghai vem a Belo Horizonte para lançar “Chega! Autoconhecimento para uma Vida Plena” (ver agenda), obra que reúne sua sabedoria acumulada ao longo de 34 anos trabalhando e pesquisando no Brasil, no Oriente Médio, na Europa, na América do Norte, na Ásia e na Oceania e convivendo com grandes mestres, como Dalai Lama, Deepak Chopra, Amit Goswami, Alexander Lowen, entre outros.

“Tenho convicção de que todos nós somos capazes de evoluir. Mas é preciso saber quem verdadeiramente se é. Para isso, é importante conhecer o sistema dos coletivos: pais, família, profissão, amigos. O sistema não reconhece indivíduos, apenas funções”, ensina Shanghai.

Ela sustenta que, aos coletivos não interessa a integralidade ou o fortalecimento da real individualidade. “Interessa que as pessoas alimentem contínua e sistematicamente os coletivos com toda a sua energia, a qualquer preço, e que tenham comportamentos que sirvam ao sistema”, diz.

O que ocorre, segundo ela, “é que, quando a real individualidade está enfraquecida ou confunde-se com a individualidade egoica, o ser humano não escolhe a que coletivos pertencer ou servir, quem escolhe para ele é o sistema, no qual ele é um número a exercer uma função. A saída é o fortalecimento da individualidade. Crie um tempo sozinho para você, para fazer algo que o torne melhor como ser humano, com seu corpo, seus sentimentos e mantenha sua mente em harmonia”.

Shanghai explica que espiritualidade não tem relação com as religiões: “Espiritualidade é uma força que advém de três qualidades: a tolerância, a confiança e serenidade, cujos maiores inimigos, são três venenos que se chamam julgamento, crítica e reclamação e são os precursores da raiva e do ódio, que, por sua vez, são os maiores vilões criadores de doenças”.

Outro problema da civilização moderna é manter a mente no passado ou no futuro. “Estar no passado dá saudade, raiva, melancolia, indignação e um monte de emoções ruins, e estar no futuro só nos traz ansiedade e medo”, diz Shanghai.

Gasta-se muita energia com as emoções destrutivas

As emoções são de vital importância para a sobrevivência humana. “Elas são a grande força do ser e seu sintoma de vida. Quando uma pessoa está deprimida, sem conseguir sair da cama, ela não está sem energia. Na verdade, ela está com energia em excesso na raiva daquele que a roubou, na tristeza com aquele que a decepcionou, na preocupação com o desemprego. Ela está dirigindo tanta energia para as emoções destrutivas que não sobra nenhuma para conseguir se levantar e tomar um café”, diz Carmen Shanghai.

Segundo ela, as emoções destrutivas intensificam a miopia da lente de aumento sobre o ego e nos fazem ver o outro como ele não é.

“A imagem irreal do outro, reflexo da imagem distorcida que fizemos de nós (expressa pelo ego) e as emoções destrutivas circulam e se alternam num triunvirato que podem nos fazer mal e nos levar a praticar o mal. Gastamos muita energia com as emoções destrutivas porque é esse outro que nos revelou uma limitação que nossa máscara do ego não quer aceitar”, diz a professora.

Como transformar as emoções destrutivas? “É com a consciência e pela visão global que nós podemos observar e transformar os nossos pensamentos, sentimentos e nossas atitudes em busca de mais harmonia para vivenciar em plenitude nosso ser integral. É assim que podemos encontrar novos significados para o nosso ‘eu’ em ‘ação’ no mundo”, comenta Shanghai.

Atitudes pessoais podem minar a energia pessoal

A mente é feita de arquivos. É o que dizem os ensinamentos da sabedoria egípcia e da cabala. “Entre eles, há três que são muito importantes: ka, shuth e khaibit, em que se concentram, respectivamente, a divina ação, a divina força e a divina presença de cada um e de todo ser humano.

“Tudo que uma pessoa vê, todas as impressões que sente, os cheiros, as cores, tudo o que ela ouviu, leu, viu, as frases, as conversar, os livros, os filmes, está registrado nesses arquivos, ainda que ela não se lembre de todos eles”, ensina Carmen Shanghai.

Esses arquivos nascem com cada ser humano e fazem parte de sua essência. “No entanto, desde cedo, com o condicionamento, vamos sujando e entupindo esses canais e ficamos sem energia, sem força, vulneráveis e fracos”, finaliza Shanghai.

AGENDA

O lançamento do livro “Chega! Autoconhecimento para uma Vida Plena” acontece no próximo dia 16, às 18h30, na livraria Quixote, na rua Fernandes Tourinho, 274, na Savassi. Encomendas do livro pelo site.