Na casa da família Soares o aplicativo Conectados já está trabalhando a favor da aproximação das gerações. A pedagoga Silvânia Soares, 44, é mãe de filhos acostumados com a vida online – das gerações Y e Z – e conta que agora tenta acompanhar jogando.
 

“O aplicativo é muito interessante. Aproxima demais a família. É muito legal falar mesma língua deles”, afirma a mãe, que está jogando principalmente com a caçula.

Luana Soares, 14, conta que o programa não mudou a sua forma de enxergar as outras gerações, mas permitiu perceber muitas diferenças. “Quando compara, a gente percebe bastante diferença com a geração de nossos avós. Com a de meus pais é menos, mas, ainda sim, é bem diferente”, conta.

O psicólogo e especialista em coaching Moacyr Castellani afirma que essas diferenças também passam pela estrutura familiar. “As gerações anteriores às vezes acabam trazendo uma estrutura mais firme, com limites, ordem e responsabilidades bem definidas. Já as gerações mais novas trazem mais presente a questão da flexibilidade, mas os jovens sofrem sendo criados de forma muito solta”, diz.

Por isso, a pedagoga e matriarca da família Soares, Marilza Soares, 67, diz que é preciso colocar limites. “Muitos pais também contribuem para o isolamento do adolescente. Os jovens vêm mostrando preocupação em ensinar os pais e avós a mexer. Eu tento acompanhar, mas eles estão longe”.