A ampla repercussão do trágico caso Bárbara Vitória toca em problemas diversos, entre eles o da violência escolar. A diretora da escola em que a menina estudava, no bairro Mantiqueira, em Belo Horizonte, disse que a comunidade carece de políticas públicas na área da segurança e citou a morte de um aluno há não muito tempo. Não são raras as regiões onde a insegurança se torna um obstáculo a mais no já precário sistema de ensino.
O TEMPO noticiou, no início de julho, a escalada de ameaças de massacres em escolas de Minas Gerais. Ontem, uma nova ameaça foi registrada na escola estadual Celso Machado, no Barreiro, na qual os autores teriam divulgado fotos com armas de fogo dentro da instituição.
Geralmente, as ameaças são acompanhadas por mensagens que têm em suas entrelinhas uma espécie de glamourização da violência. Têm em sua essência elementos que motivam ataques como os vistos nos Estados Unidos, a exemplo de Columbine, em 1999.
A polícia tem sido eficiente na maior parte dos casos no Estado e impedido que as ameaças se concretizem, mas é hora de investigar os fatores que levam a esse aumento de diversas formas de violência na escola.
Uma missão que envolve aspectos familiares, psicológicos, culturais, além dos relacionados à própria segurança pública, como a proliferação do discurso pró-armas.
A criminalidade na escola assume várias faces – tráfico, homicídio, assédio etc. Para combater um problema com causas multifacetadas, são necessárias soluções igualmente multidisciplinares que envolvam autoridades em saúde, educação e segurança. O aprendizado não prospera em um ambiente sem tranquilidade.