Hoje é o Dia Mundial da Alfabetização – data criada em 1967, pela Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco), para ressaltar a importância da alfabetização no desenvolvimento das populações. Embora a data seja comemorativa, o contexto atual da educação no mundo aponta para um cenário negativo: faltam professores na América Latina e no Caribe. O déficit em sala de aula é da ordem de 3,2 milhões de profissionais, mostra relatório da própria Unesco.
No Brasil, segundo estimativa do governo federal, até 2040, faltarão 235 mil professores de educação básica (educação infantil e os ensinos fundamental e médio).
Entre as iniciativas nacionais mais recentes com foco na valorização e qualificação do magistério e também para incentivar a docência, está o lançamento da Carteira Nacional de Docente no Brasil (CNDB), que integra o programa Mais Professores para o Brasil. A novidade está prevista no Projeto de Lei 41/2025, aprovado em regime de urgência pela Câmara dos Deputados no último dia 19. Falta apenas a sanção presidencial para que a ideia saia do papel.
Com validade nacional, o documento deve ser solicitado na página do programa: maisprofessores.mec.gov.br/login.
O educador que possuir a CNDB pagará menos em cinema, teatro, shows e outros eventos culturais e terá desconto de 15% nas tarifas de hotéis. Outro benefício será o acesso, sem pagamento de anuidade, a um cartão de crédito vinculado à Caixa Econômica Federal ou ao Banco do Brasil, como anunciou o ministro da Educação, Camilo Santana. A entrega da carteira, segundo ele, vai começar no próximo mês, quando o Brasil celebra o Dia do Professor (15.10).
No entanto, para além de um documento como a CNDB, os educadores brasileiros, afastados da docência por razões históricas como excesso de tarefas e baixos salários, precisam receber melhores condições de trabalho. Isso inclui robustos investimentos na segurança das instituições escolares e em iniciativas que façam a sociedade reconhecer a importância da categoria.