Após levar candidatos a deputados estaduais e federais derrotados para o Palácio Tiradentes, o governador Romeu Zema (Novo) levou o presidente estadual do Novo, Christopher Laguna, para a assessoria-executiva do diretor-presidente da Copasa, Guilherme Augusto Duarte de Faria. A nomeação de Laguna, que está à frente do diretório estadual do Novo desde o último mês de setembro, foi comunicada internamente nessa segunda-feira (16/10).
Conforme apurou o Aparte, Laguna deve cuidar do relacionamento entre Duarte de Faria, há pouco mais de um ano na diretoria-presidência, e as prefeituras atendidas pela Copasa. A propósito, a função já é exercida hoje pelo ex-deputado federal Charlles Evangelista (PL), que, apesar de ter tentado a reeleição, foi derrotado, e pelo ex-candidato a deputado estadual Bernardo Brandão (Novo), que não se elegeu.
Na última quinta-feira (12/10), o vice-presidente estadual da Juventude do Novo ex-candidato a deputado estadual, Gian Zappella, já havia sido nomeado para um cargo de confiança na Secretaria de Desenvolvimento Econômico. Antes de Zappella, o ex-candidato a deputado estadual Lucas Pitta (Novo) também foi levado para o Desenvolvimento Econômico. A secretaria ainda tem o ex-deputado estadual Guilherme da Cunha como secretário-executivo.
Sem serem reeleitos, o ex-deputado federal Lucas Gonzalez (Novo) e a ex-deputada estadual Laura Serrano (Novo) também foram levados para o governo Zema. Enquanto Gonzalez é, hoje, secretário-adjunto da Secretaria-Geral de Estado após passar pela Subsecretaria de Assessoramento à Governadoria e à Vice-Governadoria, Laura é diretora-geral da Agência Reguladora de Serviços de Abastecimento de Água e de Esgotamento Sanitário.
Apesar das nomeações, o loteamento de cargos foi criticado por Zema durante a campanha à reeleição. Em uma peça publicitária nas redes sociais, o governador, ao se referir a uma receita típica de Paracatu, no Noroeste de Minas, chegou a dizer que fez uma “desmamada” com “os 50 mil cargos que Pimentel-PT mantinha no governo”. Na ocasião, inclusive, o Tribunal Regional Eleitoral atendeu a um pedido de resposta do ex-governador Fernando Pimentel (PT).
Questionado o que teria credenciado Laguna a ser nomeado para a Copasa, o governo Zema afirmou que “todas as nomeações dos servidores de recrutamento amplo levam em consideração a necessidade da estruturação administrativa, a racionalização do uso dos recursos públicos e a capacidade técnica do nomeado”. “Ou seja: todos os selecionados possuem histórico de atuação para a área em que são direcionados para desenvolver o trabalho”, concluiu, em nota.
Os cargos de recrutamento amplo são os de livre nomeação, ou seja, de confiança. O governo ainda foi contestado quais seriam as funções de Laguna na Copasa e quanto o presidente estadual do Novo receberá, mas não respondeu. Também procurado, o agora assessor-executivo da diretoria-presidência da Copasa não retornou os contatos da reportagem. Caso atenda, a manifestação será acrescentada na matéria.