Conhecido como “Superman da Jovem Pan”, o influenciador digital Marco Antônio Costa se filiou ao PL nesta terça-feira (19/8). Ele foi comentarista da emissora por três anos. A filiação aconteceu de forma presencial, na sede do partido em Minas, na região Centro-Sul de Belo Horizonte.
Desde maio, Marco Antônio, natural de São Paulo, mudou-se para Lagoa Santa, na região metropolitana de Belo Horizonte, e se apresenta como pré-candidato ao Senado por Minas Gerais. Ainda sem filiação partidária, já foi testado em pesquisas internas do PL que avaliam o potencial de votos de possíveis candidatos de todos os campos políticos ao cargo. Segundo informações obtidas por O TEMPO, o influenciador aparece bem atrás de políticos com longa trajetória, como o presidente estadual do PL, deputado federal Domingos Sávio, e o deputado federal Eros Biondini, mas à frente de Vile, vereador de primeiro mandato em BH.
O “abonador” da filiação de Superman - como é de praxe nos partidos, em que um filiado precisa assinar a ficha do novo integrante - foi o ex-deputado José Santana, presidente honorário do PL Minas. À reportagem, Santana confirmou que aceitou ser o avalizador. A filiação, no entanto, não foi bem recebida por outros nomes relevantes do PL, que destacam que o influenciador não possui histórico de atuação com a população, experiência pública nem vínculo com Minas Gerais. Ele também passa a ser mais um filiado da sigla - entre pelo menos outros seis - a querer disputar a vaga de candidato ao Senado pelo partido.
Inicialmente, o ‘Superman’ buscava um aval enfático do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e do deputado federal Nikolas Ferreira (PL-MG), principal nome do partido em Minas. Durante a visita de Bolsonaro à capital, disse a O TEMPO que queria que ambos fossem seus abonadores. O novo avalizador indica que o influenciador precisou recalcular a rota.
Procurado, o presidente do PL em Minas, Domingos Sávio, afirmou que “o partido está aberto à filiação de todos que comungam com nossas posições, especialmente a defesa dos nossos valores de direita, elencados no decálogo do Partido Liberal”. O deputado destacou, porém, que a filiação não é garantia de uma candidatura ao Senado. “Temos alguns bons nomes já colocados como pré-candidatos ao Senado, e o partido irá se posicionar e decidir quem efetivamente irá representar o PL no momento apropriado”, disse.
Entre os possíveis nomes, além do próprio Domingos e do deputado Eros Biondini, estão os do Pastor Edésio de Oliveira, pai de Nikolas, e os deputados estaduais Caporezzo e Zé Vitor. A expectativa é que o PL lance um nome para uma das vagas ao Senado no ano que vem, e que um partido aliado indique o outro, conforme dito por Bolsonaro na sua última visita à capital mineira.
A princípio, os filiados diziam que a decisão sobre o candidato ao Senado em Minas caberia ao presidente Bolsonaro. Agora, segundo o presidente estadual do partido - que o visitou em prisão domiciliar na segunda-feira (18/8), onde está há duas semanas -, foi dito por Bolsonaro durante a visita que o cargo ficará para definição da Executivo estadual e das bancadas. Ainda segundo o dirigente, a decisão deve sair nos próximos meses.