Após declarar, no dia do segundo turno da eleição presidencial, que tinha votado nulo na disputa entre Jair Bolsonaro (sem partido) e Fernando Haddad (PT), o prefeito de Manaus e ex-senador Arthur Virgílio, afirmou, em debate entre pré-candidatos tucanos ao Planalto, que, na verdade, votou no petista em 2018. Além disso, ele afirmou não ter votado no candidato do PSDB, Geraldo Alckmin, no primeiro turno. O debate foi promovido pelos jornais "O Globo" e " Valor".

"Eu votei numa pessoa muito modesta. Eu votei no Henrique Meirelles (MDB). E no segundo turno eu votei no candidato do PT. Eu votei no Haddad. Votei pois nao tinha opção", afirmou, depois de questionar o apoio do governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite (PSDB) a Bolsonaro.

O gaúcho, por sua vez, disse que não prestou apoio, mas apenas fez uma declaração pública de voto. Afirmou que a escolha foi por conta dos problemas econômicos gerados pelo governo do PT.

"Apoio é pedir votos, é defender o voto em alguém, é fazer campanha junto. Lá no meu Estado o meu adversário juntou o sobrenome dele ao sobrenome do Bolsonaro. Eu não fiz isso. Eu me neguei a fazer isso. Aliás, não autorizei nem que se fizesse material de campanha conjuntamente. E fiz a única declaração de voto num vídeo que apresentei à sociedade gaúcha marcando muito bem quais as minhas diferenças em relação ao Bolsonaro. Dizia ali que eu não concordava com a forma como ele se referia às pessoas, o desrespeito aos seres humanos. Mas, infelizmente, numa eleição de segundo turno, em que nós temos dois caminhos, o outro caminho, o caminho era o do PT, que tinha quebrado o país", afirmou Eduardo Leite.