Horas após o Ministério da Saúde abrir a consulta pública sobre a vacinação de crianças contra a Covid-19, o formulário online disponível para opinar excedeu o limite de respostas. Na manhã desta sexta-feira (24), o questionário apresentava uma mensagem ao final que aponta que “o número máximo de pessoas já respondeu a este formulário". Com isso, a consulta ficou travada por mais de uma hora. No final da manhã, foi criado um novo formulário para continuar recebendo respostas. No novo formulário, o governo passou a afirmar que só uma contribuição (a última) por CPF será considerada.
"Atenção: será considerada apenas uma contribuição realizada com o mesmo CPF ou CNPJ para o formulário disponibilizado na consulta pública. Caso haja necessidade de retificar algum dado preenchido, antes do encerramento da Consulta Pública, é preciso inserir novamente todas as informações no formulário, visto que a contribuição anterior não será considerada", diz a mensagem do governo.
A pasta chefiada por Marcelo Queiroga não informou o motivo oficial, mas é possível saber que uma plataforma de formulários da Microsoft que aceita o número máximo de 50 mil contribuições. O Ministério ainda não informou qual critério usado para escolher a plataforma e qual a previsão de retorno da consulta.
A previsão é de que a sociedade possa opinar até 2 de janeiro. Depois, o Ministério pretende fazer uma audiência pública no dia 4 de janeiro e anunciar a decisão em 5 de janeiro.
A consulta foi aberta com um dia de atraso e após o ministro Marcelo Queiroga declarar que o Ministério da Saúde recomendará que as crianças de 5 a 11 anos sejam vacinadas desde que haja prescrição médica e assinatura de termo de consentimento pelos pais.
A iniciativa é inédita no país. Até então, a pasta endossava as decisões da Agência Nacional de Vigilância (Anvisa), que no dia 16 liberou o imunizante da Pfizer para essa faixa etária, após ouvir representantes de cinco sociedades médicas, além de o seu corpo técnico analisar os dados enviados pela farmacêutica.
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