O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e o presidente do Egito, Abdel Fatah Al-Sisi, devem discutir a guerra entre Israel e o grupo terrorista Hamas durante a viagem de Lula ao Cairo, capital egípcia. Eles também devem assinar um acordo na área de bioenergia. A informação foi divulgada pelo Itamaraty nesta terça-feira (13).

Lula terá agendas no Egito nos dias 14 e 15 de fevereiro. Foi com o Egito que o governo brasileiro negociou a retirada de brasileiros da Faixa de Gaza, a região mais afetada pelo conflito. A operação envolveu a repatriação dos cidadãos brasileiros por via terrestre até o Cairo.

Nesta terça-feira (13), o Itamaraty divulgou nota para manifestar preocupação com o anúncio feito por autoridades de Israel de que uma nova operação militar terrestre será feita em Gaza, ao sul da região, perto de Rafah, que fica na fronteira com o Egito. 

“Tal operação, se levada a cabo, terá como graves consequências, além de novas vítimas civis, um novo movimento de deslocamento forçado de centenas de milhares de palestinos, como vem ocorrendo desde o início do conflito”, destacou o Itamaraty. 

Também na nota, a pasta reforçou o posicionamento em favor do fim “das hostilidades” e para a “libertação dos reféns em poder do Hamas como passos para a superação da crise humanitária em Gaza”. 

Lula também terá agenda na Etiópia

Após sua passagem pelo Egito, Lula seguirá para a Etiópia, onde participará de reuniões entre os dias 16 e 18. Esta viagem, a segunda ao continente africano durante seu mandato, é parte da estratégia do governo brasileiro de expandir relações diplomáticas. No ano anterior, Lula visitou a África do Sul, Angola e São Tomé e Príncipe.

Tanto o Egito quanto a Etiópia tornaram-se membros do Brics no ano passado, com o apoio do Brasil. Além disso, Lula participará da Cúpula da União Africana. Durante sua estadia, ele visitará a sede da entidade, que tornou-se membro oficial do G20 em 2024, em Addis Ababa, a capital etíope.

O presidente brasileiro também planeja participar de reuniões bilaterais com o objetivo de estabelecer parcerias comerciais.Temas sobre a presidência do Brasil no G20 até novembro deste ano também devem ser debatidos.