BRASÍLIA - Os governadores de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos); Minas Gerais, Romeu Zema (Novo); e Goiás, Ronaldo Caiado (União), compareceram à Festa do Peão de Barretos (SP), na noite deste sábado (23/8). Os três são cotados para serem candidatos à presidência da República em 2026 e herdam o espólio do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), que está inelegível.

Tarcísio, que a pouco mais de um ano das eleições vem tendo o melhor desempenho nas pesquisas de intenção de voto, foi o único a fazer discurso no evento e exaltou o agronegócio. “Não entendo quem não gosta do agronegócio”, disse.

Depois, em entrevista a jornalistas, defendeu Bolsonaro, que é réu em dois processos no Supremo Tribunal Federal (STF), está em prisão domiciliar e será julgado no dia 2 de setembro.

"Uma pessoa que fez tudo por mim, me abriu portas e que está passando por uma grande injustiça. Mas, se a humilhação traz tristeza, o tempo vai trazer justiça, eu tenho certeza que a justiça chegará. [...] A vocação do Brasil é ser grande. Ninguém vai segurar esse país, ninguém vai segurar o Brasil, a gente não vai permitir isso", declarou.

Publicamente, Tarcísio afirma que sua intenção é ser candidato à reeleição no governo de São Paulo, mas aliados à direita e no Centrão pregam por sua candidatura. Ele já indicou que só deve concorrer ao Palácio do Planalto se obtiver o apoio expresso de Bolsonaro.

Também após o evento, Caiado, que já lançou sua pré-candidatura, afirmou que o foco é derrotar Lula no segundo turno e que há um “pacto” entre os nomes da direita.

"Nós temos aqui um pacto entre nós. Todo mundo sai agora, mas de segundo turno está todo mundo junto, unido, para nós darmos rumo e devolvermos o Brasil para os brasileiros de bem".

Romeu Zema, que também já se lançou como pré-candidato ao Palácio do Planalto, reforçou o discurso de Caiado e disse que Bolsonaro vê com bons olhos a difusão de candidaturas no campo da direita. Ele também exaltou o agronegócio e criticou o governo Lula.

"Infelizmente, no Brasil, temos vivido um governo que não valoriza devidamente essa atividade que é aquela em que o Brasil, com toda a certeza, é mais competitivo", disse.