BRASÍLIA - O próximo 7 de setembro será marcado por manifestações convocadas tanto pela direita como pela esquerda. Em resolução publicada neste sábado (23/8), o PT anunciou que fará uma mobilização de seus militantes no feriado, quando já estavam marcados protestos de bolsonaristas.
“Ampla mobilização no 7 de Setembro, em conjunto com as Frentes Brasil Popular e Povo Sem Medo, MST, CUT, das demais centrais e movimentos populares e partidos progressistas em defesa da democracia e da soberania do Brasil nos atos chamados ‘Quem manda no Brasil é o povo brasileiro’”, diz o partido.
A expectativa é que o foco dos atos da esquerda seja a defesa da soberania nacional e contra as medidas do governo dos Estados Unidos contra o Brasil e as autoridades brasileiras, em meio ao tarifaço de 50% e as sanções ao ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), e a outros integrantes da Corte e do governo Lula.
O PT fala, ainda, em promover “mobilizações constantes em cada canto do país, unindo em uma frente ampla todos que se colocam ao lado da soberania nacional, da democracia e da Reforma do imposto de renda”.
No mesmo dia, haverá manifestações de bolsonaristas em defesa da anistia aos envolvidos nos atos de 8 de janeiro e contra a prisão do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). Será a terceira manifestação da direita com esse foco. O protesto também deve mirar Alexandre de Moraes e o Supremo.
O julgamento de Bolsonaro e outros sete aliados na ação penal da suposta trama golpista ainda estará em andamento durante as manifestações. As sessões da Primeira Turma do STF para analisar o caso estão marcadas para os dias 2, 3, 9, 10 e 12.
Existe uma perspectiva de que os votos de Moraes e dos outros quatro membros da Turma aconteçam apenas na segunda semana de julgamento, a partir do dia 9. Ainda assim, políticos bolsonaristas acreditam que o avanço do processo deverá ser um elemento extra de efervescência nos atos.
Em live na última quarta-feira (20/8), após ter sido alvo de busca e apreensão da Polícia Federal (PF) e o vazamento de conversas com Bolsonaro, o pastor Silas Malafaia falou em “dar uma resposta” a Moraes no 7 de setembro.