BRASÍLIA - Após a primeira reunião de seu novo diretório nacional, o PT publicou uma resolução em que afirma acreditar em uma tentativa de interferência por parte do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, nas eleições de 2026 com o objetivo de derrotar o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

No documento, o partido diz que o Brasil vive um “um ataque profundo à sua soberania” articulado pelo governo americano e classifica a política de Trump como “imperialista e de extrema-direita, característica do pensamento fascista”. A ofensiva, segundo o PT, teria apoio do bolsonarismo e de setores da direita brasileira.

“O que Trump e seus aliados da direita brasileira pretendem, e não terão êxito, é derrotar, nas eleições de 2026, o projeto de desenvolvimento nacional que estamos consolidando sob a liderança do Presidente Lula”, diz a legenda.

Na resolução, o PT também trata como prioridades o projeto que amplia para R$ 5 mil a faixa de isenção do Imposto de Renda (IR), que deve ser votado nos próximos dias na Câmara dos Deputados, e a regulação das redes sociais, tema que enfrenta resistências no Congresso.

Na avaliação do partido, as big techs estão “na linha de frente” de um quadro de agressões à sociedade e, para enfrentar esse cenário, é preciso uma legislação sobre o tema.

“Sua regulação, portanto, é imperativa não apenas para garantir qualidade da informação, ciência e políticas públicas, mas também como defesa estrutural da democracia e da soberania nacional. Nesse sentido, é urgente um compromisso político firme com a construção de um ambiente digital seguro, regulado e orientado por princípios democráticos e da nossa soberania digital”.

O PT ainda convoca centrais sindicais e movimentos sociais para manifestações no dia 7 de setembro com o mantra “Quem manda no Brasil é o povo brasileiro”. Também há convocações de bolsonaristas para atos na mesma data, em defesa da anistia ao 8 de janeiro e contra a prisão do ex-presidente Jair Bolsonaro.

Esta foi a primeira reunião do diretório nacional do PT sob o comando do novo presidente do partido, Edinho Silva, ex-prefeito de Araraquara (SP).