PLANO DE IMUNIZAÇÃO

Maiores de 60 tomarão mais duas doses de vacina da covid em 2022

Ministério da Saúde divulga estratégia de vacinação para o ano que vem e prevê doses extras para toda a população; Coronavac e Janssen ficam fora do plano

Por Levy Guimarães
Publicado em 08 de outubro de 2021 | 18:56
 
 
Marcelo Queiroga Foto: Marcelo Queiroga em coletiva no Ministério da Saúde

O Ministério da Saúde detalhou, nesta sexta-feira (8), a estratégia de vacinação contra a covid-19 para o ano de 2022. A pasta anunciou que a população acima de 60 anos de idade e os imunossuprimidos tomarão mais duas doses do imunizante, com intervalo de seis meses. Já as pessoas de até 59 anos de idade receberão mais uma dose no ano que vem, com possibilidade de ampliação do público-alvo da campanha, de acordo com o Ministério.

Dessa vez, a lógica da vacinação não seguirá mais o critério de grupos prioritários, como pessoas com comorbidades ou profissionais de saúde. A vacinação será feita apenas por ordem decrescente de faixa etária.

A previsão do governo é que no total, sejam disponibilizadas mais de 354 milhões de doses no próximo ano. Serão adquiridas 120 milhões de doses da vacina AstraZeneca e 100 milhões da Pfizer. Haveria, ainda, uma possibilidade de mais 110 milhões no 2º semestre caso haja uma alteração significativa no cenário da pandemia. Outras 134 milhões de unidades serão de saldos de contratos ainda vigentes em 2021.

As vacinas Coronavac e Janssen, que vêm sendo aplicadas no país em 2021, não serão incluídas. O Ministério afirma que a escolha leva em conta o fato de AstraZeneca e Pfizer terem registro definitivo na Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). Também alega que “considerou-se o custo-efetividade dos imunizantes de tecnologia ‘recombinante’ e ‘RNA mensageiro’”.

Porém, o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, pontuou que caso outras vacinas, como Coronavac e Janssen, consigam o registro definitivo junto à Anvisa, elas podem ser incorporadas ao plano.

O investimento estimado, de acordo com a pasta, é de R$ 11 bilhões na compra de novos imunizantes.