Em meio às denúncias de corrupção no Ministério da Educação (MEC), o presidente Jair Bolsonaro (PL) afirmou que não há o que se investigar em seu governo. Segundo ele, "acabou a corrupção no Brasil". Em entrevista ao grupo "Liberal", do Pará, o presidente minimizou as acusações relacionadas às verbas da educação, afirmando que nenhum dinheiro foi gasto na suspeita de superfaturamento de ônibus no ministério, o que tem incentivado inclusive a oposição a buscar assinaturas para uma CPI.

"Acabou a corrupção no Brasil. Nos acusam de suspeita de corrupção. Como me acusaram de suspeita de corrupção no caso da vacina Covaxin. Não comprei uma dose, não paguei um centavo. Suspeita de corrupção de compra de ônibus para a educação. Não foi feita a licitação. Ah, ia fazer... Não foi feita a licitação. O tempo todo assim. Ou seja, um governo que se prima também pelo combate à corrupção na prática. Você pode ver aí quantas vezes aí no Pará o governador recebeu a visita da Polícia Federal. É diferente do governo federal. Aqui não tem visita da PF. Não tem o que investigar aqui. Não fazemos nada de errado", disse o presidente.

Segundo Bolsonaro, "se por ventura aparecer algo de errado, a gente colabora com as investigações".

"Até o momento não apareceu absolutamente nada. Então, é isso que nós temos que apresentar pra população também. Uma forma diferente de governar no Brasil", completou.

Apesar da aliança com o centrão, que garantiu vários cargos no governo, inclusive o do presidente do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE), agora envolvido na polêmica do MEC, o presidente afirmou que não há mais loteamento de cargos no governo.

"Você não vê loteamento de cargos aqui em Brasília. Você não vê ministérios, bancos oficiais, estatais sendo tomadas por partidos ou por grupos econômicos que a gente sabe que o objetivo final é assaltarem o poder público. Mudou tudo isso aí. Isso é uma nova política", afirmou.