A demissão de funcionários que não querem se vacinar é considerada uma medida drástica pelo ministro da Saúde, Marcelo Queiroga. O chefe da pasta esteve no Supremo Tribunal Federal (STF) nesta quinta-feira (4) e defendeu a portaria recente do Ministério do Trabalho sobre o tema.

Publicada nesta segunda (1º) em edição extra do Diário Oficial da União, a portaria proíbe as empresas de exigir o comprovante de vacinação para novas contratações ou para manter algum funcionário no quadro.

Questionado sobre o tópico, Queiroga não tratou de dados e levantamentos científicos sobre a vacinação no país. Sua resposta foi no sentido de defender os empregos: “Queremos criar empregos, sobretudo empregos formais, pessoas com carteira assinada (...) Achamos muito drástico demitir pessoas porque elas não quiseram se vacinar”.

Ainda segundo o ministro, a portaria “é no sentido de dissuadir demissões em função do indivíduo ser ou não vacinado”. Para ele, as pessoas devem buscar livremente as vacinas. "Como médico, eu sempre consegui que os pacientes aderissem aos tratamentos na base do convencimento”, declarou.

No Supremo, Queiroga encontrou o presidente da Corte, ministro Luiz Fux, para tratar de uma ação que discute o fornecimento de remédio de alto custo. O Advogado-Geral da União (AGU) Bruno Bianco também esteve na reunião.

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