BRASÍLIA – A diferença entre aprovação e desaprovação do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) caiu pela metade em um mês, conforme pesquisa Genial/Quaest divulgada nesta quarta-feira (20/8).
A aprovação cresceu pela segunda vez consecutiva e chegou a 46%, uma alta de três pontos percentuais se comparada ao último levantamento, realizado em julho.
A desaprovação recuou no limite da margem de erro, de dois pontos porcentuais para mais ou para menos, e foi a 51%. Em julho, 53% disseram reprovar a gestão petista.
O resultado confirma a tendência de recuperação da avaliação iniciada na pesquisa anterior, de julho, e representa a maior aprovação desde janeiro, quando marcou 47%.
A recuperação ocorreu principalmente na região Nordeste, a única em que ele é mais aprovado do que desaprovado. Lula ganhou 7 pontos de aprovação, pulando de 53% para 60%. A desaprovação caiu para 37%.
Também houve melhora na região Sul, onde a aprovação foi de 35% para 38% – a desaprovação permaneceu em 61%. Nas regiões Norte e Centro-Oeste, os que aprovam o governo cresceram de 40% para 44%, e a reprovação caiu de 55% para 53%.
O levantamento da Quaest foi feito em meio a queda nos preços dos alimentos e a defesa da soberania por parte de Lula e ministros, diante do tarifaço imposto pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, a produtos brasileiros.
Quando perguntados sobre a economia nos últimos 12 meses, 22% entendem que melhorou, ante 21% em julho e 18% em maio. Os que acreditam que a economia piorou se mantiveram em 46% de julho para agosto, e os que consideram que está do mesmo jeito equivalem a 30%.
CEO da Quaest, Felipe Nunes diz que a melhora na aprovação de Lula é fruto da combinação desses fatores políticos e econômicos, conforme outros dados obtidos no levantamento mais recente do instituto.
“A percepção do comportamento do preço dos alimentos trouxe alívio às famílias e reduziu a pressão sobre o custo de vida. Ao mesmo tempo, a postura firme de Lula diante do tarifaço imposto por Donald Trump foi vista como sinal de liderança e defesa dos interesses nacionais”, disse Nunes.
“Menos pressão inflacionária somada à imagem de um presidente que reage a desafios externos ajudam a explicar o avanço de sua aprovação neste momento”, completou.
Na pesquisa divulgada nesta quarta-feira, a Quaest entrevistou pessoalmente 2.004 pessoas, entre 13 e 17 de agosto. A margem de erro é de dois pontos percentuais, para mais ou para menos. O nível de confiança é de 95%.