Agentes das forças de segurança de Minas Gerais fizeram nesta quarta-feira (9) a terceira manifestação para exigir recomposição salarial. O protesto, que tomou várias ruas de Belo Horizonte, durou aproximadamente 9 horas.

O ato teve início às 9h na Praça da Estação, na região Central do município, e foi encerrado pouco antes das 18h, na Cidade Administrativa, sede do Governo de Minas.

No período, os manifestantes percorreram os principais pontos da capital, como a Praça Sete e Praça da Liberdade. Depois, saíram em comboio até a Cidade Administrativa.

A estimativa dos organizadores é de que cerca de 50 mil pessoas participaram do ato. Durante o protesto, bombas foram estouradas e vias ficaram interditadas.

A categoria deve discutir os próximos rumos que devem ser adotados. 

Greve

Os agentes estão em greve desde 22 de fevereiro. Eles cobram do governador a recomposição salarial das forças de segurança e exigem que Romeu Zema (Novo) cumpra um acordo realizado em 2019, que previa reajuste progressivo de 2020 a 2022.

O primeiro aumento, de 13%, foi pago em 2020, porém ainda naquele ano, o governador vetou os outros dois pagamentos de 12%. Em função disso, as forças de segurança cobram as duas parcelas de 12% remanescentes do acordo de recomposição inflacionária. 

A manifestação desta terça-feira é a terceira realizada pela categoria, que está trabalhando com expediente mínimo de 30%. 

Aumento salarial

Na última quinta-feira (3), a secretária de Estado de Planejamento e Gestão, Luísa Barreto, recebeu as lideranças sindicais na Cidade Administrativa, mas não houve qualquer avanço nas tratativas. O governo de Minas argumenta que a recomposição de 10,06% proposta ao funcionalismo o público está dentro do limite prudencial de gastos com pessoal conforme a Lei de Responsabilidade Fiscal.

Caso não ocorra, nesta quarta, um acordo entre  o governo e líderes dos sindicatos dos profissionais da segurança pública de Minas Gerais, a categoria promete realizar uma "parada geral".