A secretária de Planejamento e Gestão, Luísa Barreto, defendeu a adesão do Estado ao Regime de Recuperação Fiscal (RRF) e acredita que o tema não vai gerar divergências entre o governo e a Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG), como ocorreu ao longo de todo o primeiro mandato do governo de Romeu Zema (Novo). "Hoje, eu vejo o regime como algo muito tranquilo. As discussões que aconteceram no passado não são mais necessárias", disse a secretária durante entrevista para o programa Café com Política do jornal Super N 1ª edição da Rádio Super 91,7 FM, nesta sexta-feira (3/1).

Questionada sobre como o governo pretende superar as possíveis divergências com a Assembleia Legislativa em relação ao projeto de adesão ao RRF, a secretária disse que o Estado trabalha com as opções que são dadas, inclusive pelo Legislativo. Mas ela deixou claro que o governo "não vai paralisar qualquer tipo de trabalho em momento algum". E acrescentou que o governo não pode abrir mão da privatização da Codemig, proposta que também depende da Assembleia Legislativa para ser viabilizada.

Segundo Luísa Barreto, atualmente, o regime, com as recentes alterações na legislação federal, não tem tantas amarras como anteriormente, principalmente em relação aos impactos que haviam sobre os servidores, regime de trabalho e benefícios conquistados. "As principais amarras que a gente tinha em relação ao regime, e que impactavam diretamente nessas discussões com a Assembleia Legislativa, eram as amarras refentes aos servidores públicos. E isso não tem mais", assinalou Barreto.

A secretária explicou que, atualmente, o regime exige um fluxo de receitas e despesas que deve fechar num período de 10 anos. "Se conseguirmos fazer isso, não há que se discutir uma série de questões como as questões referentes aos servidores públicos", esclareceu. Barreto disse que o governo precisa fechcar essa conta e, para isso, é necesário ter uma grande receita que só é possível com a privatização da Codemig. "A grande receita que sustenta o nosso plano de recuperação fiscal é a privatização da Codemig", disse.