Olho no futuro

Cruzeiro destaca boa temporada na base e promoção de jovens

Clube promoveu mudanças estratégicas no departamento, utilizou atletas no time profissional e, em menos de um ano, conquistou títulos estaduais no sub-14, sub-17 e sub-20

Por O Tempo Sports
Publicado em 18 de dezembro de 2022 | 18:08
 
 
O sub-20 do Cruzeiro venceu o América na final e conquistou o Mineiro, título que não ganhava desde 2018 Cris Mattos/FMF

Ao longo desta temporada, o técnico Paulo Pezzolano utilizou mais de 20 jogadores formados no clube. A depender do desempenho das categorias de base nas competições estaduais, o número pode aumentar em 2023, e outras pratas da casa como Geovane Jesus, Kaiki, Daniel Júnior e Stênio devem ganhar chances no time principal. 

Em janeiro, quando assumiu o cargo de diretor executivo da base, Roberto Braga disse aos jovens, no primeiro contato, que eles se preparassem porque poderiam ser requisitados pelo treinador uruguaio.  "A gente nunca sabe quando a oportunidade vai aparecer. A oportunidade da vida de vocês pode aparecer daqui a três dias, isso acontece todo dia no futebol”, alertou, à epóca. 

Ao fim da temporada, o departamento exalta os bons resultados após a reformulação, com os títulos do Mineiro nas categorias sub-14, sub-17 e sub-20.

“É um desejo nosso resgatar este ímpeto de campeão, mas não queremos isso a qualquer custo, não queremos ganhar sem formar, sem priorizar o talento. O título tem de ser consequência do dia a dia, dos treinos, do desenvolvimento dos aletas, da boa estrutura, boa alimentação, processo de captação bem feito. Trabalhamos com a meta de desenvolver o clube e ter bons jogadores que possam atuar no profissional. Partindo dessas frentes, queremos conquistar os títulos. Isso é importante para a formação dos atletas”, avalia Braga. 

A integração entre base e profissional ficou mais forte com uma mudança estratégica. O sub-20 deixou a Toquinha (CT dos garotos) e passou a treinar na Toca II. Além disso, a metodologia de trabalho do time de cima foi instituída em todas as categorias inferiores. 

"O clube quer ter uma identidade. Quando todos sabem o que o clube espera, existe mais clareza no dia a dia, sobre qual caminho seguir. Isso ajuda jogadores, treinadores e staff. Quando um atleta subir para o profissional, queremos que ele possa já ser formado em uma determinada ideia de futebol, que já está acontecendo lá no profissional. Isso facilita o processo de transição, que é tão desafiador”, explica o diretor da base.