As mortes causadas por doenças hepáticas relacionadas ao álcool quase dobraram nos Estados Unidos entre 1999 e 2022, segundo um estudo publicado na revista JAMA Network Open e divulgado pelo site The Independent.
Alta preocupante em duas décadas
Foram analisados mais de 436 mil óbitos nesse período. A taxa de mortalidade passou de 6,7 para 12,5 por 100 mil habitantes, com um aumento médio anual de cerca de 9% entre 2018 e 2022, especialmente durante a pandemia de Covid-19.
Quem mais sofreu com o aumento
- Mulheres: apresentaram aumento mais rápido nas taxas de mortalidade do que os homens.
- Jovens adultos: registraram crescimento significativo de óbitos por doença hepática alcoólica.
- Povos indígenas: nativos americanos e do Alasca tiveram as maiores taxas, subindo de cerca de 25 para 47 mortes por 100 mil.
Fatores que explicam a escalada
Segundo os pesquisadores, o aumento pode estar relacionado ao consumo abusivo de álcool durante a pandemia, agravado por fatores como isolamento social, estresse e dificuldades econômicas. A tendência preocupante aparece em contraste com a redução de mortes por hepatite C no mesmo período.
O que pode ser feito
Especialistas recomendam políticas de saúde pública mais eficazes, incluindo triagem mais ampla para alcoolismo, maior acesso a tratamentos, aumento de impostos sobre bebidas alcoólicas e restrições na comercialização do produto.
Perguntas frequentes
As pessoas também perguntam:
- Por que as mortes aumentaram tanto?
O uso excessivo de álcool cresceu em meio à pandemia, impulsionado por estresse e isolamento social. - Por que as mulheres estão mais vulneráveis?
Mulheres metabolizam álcool de forma diferente e foram mais impactadas emocionalmente no período analisado. - É possível reverter essa tendência?
Sim, com políticas públicas eficazes, acesso a tratamento e conscientização sobre os riscos do álcool.