Quase 120 pessoas morreram em 24 horas no norte do Paquistão devido às chuvas de monção, segundo um novo balanço divulgado nesta sexta-feira (15/8) pelas autoridades.

Pelo menos 110 pessoas morreram na província montanhosa de Khyber-Pakhtunkhwa, na fronteira com o Afeganistão, informou a autoridade local de gestão de desastres. Outras sete morreram na região da Caxemira.

Este balanço eleva o número de mortos no país para mais de 400, incluindo muitas crianças, desde o início das monções de verão no final de junho.

Muitas das mortes ocorreram na província montanhosa de Khyber Pakhtunkhwa, na fronteira com o Afeganistão, informou a Autoridade de Gestão de Catástrofes. Sete pessoas faleceram na Caxemira.

As vítimas morreram nos "desabamentos de suas casas ou quando seus veículos ficaram presos em deslizamentos de terra", informou à reportagem uma porta-voz das equipes de emergência.

Nesta área, "no distrito de Bajaur, chuvas torrenciais destruíram várias casas, onde mais de 20 pessoas ficaram presas", disse a porta-voz.

"No distrito de Lower Dir, o desabamento de casas provocou 15 mortes (...) e em Mansehra, um veículo caiu em um barranco, matando duas pessoas", acrescentaram as fontes. Outras sete pessoas morreram na Caxemira.

O país registrou mais de 350 mortes - metade delas crianças - desde o início das chuvas de monções de verão (do hemisfério norte), no final de junho.

Em julho, Punjab, onde moram quase metade dos 255 milhões de habitantes do Paquistão, registrou um índice 73% maior de chuvas que no mesmo mês do ano passado.

A temporada de monções, que começou mais cedo do que em anos anteriores, foi classificada como "incomum" pelas autoridades.

A monção, que fornece entre 70% e 80% das chuvas anuais no sul da Ásia entre junho e setembro, é vital para a subsistência de milhões de agricultores na região.