O cofundador da Oracle, Larry Ellison, de 81 anos, assumiu o posto de pessoa mais rica do mundo nesta quarta-feira (10/9), superando Elon Musk. A mudança na liderança do ranking global de bilionários ocorreu após as ações da empresa de software empresarial dispararem mais de 40% no início do pregão nas bolsas dos Estados Unidos, impulsionadas por resultados financeiros superiores às expectativas do mercado.
A fortuna de Ellison alcançou $393 bilhões, ultrapassando os $384 bilhões acumulados pelo CEO da Tesla, segundo dados do índice de bilionários da Bloomberg. Com a valorização, os papéis da Oracle atingiram $340 por ação, elevando o valor de mercado da companhia para $958 bilhões.
O empresário, que possui 41% de participação na Oracle, beneficiou-se diretamente da expressiva valorização das ações. Além da empresa de software, o patrimônio de Ellison inclui participações na Tesla, uma equipe de vela, o torneio de tênis "Indian Wells Open" e uma ilha no Havaí, nos Estados Unidos.
Ellison e Musk ocupam agora as duas primeiras posições no ranking global de bilionários, à frente de Mark Zuckerberg, fundador do Facebook, e Jeff Bezos, da Amazon. A Oracle deve continuar se beneficiando da crescente demanda por seus serviços de nuvem, impulsionada por empresas de inteligência artificial como a OpenAI, desenvolvedora do "ChatGPT", que necessitam de vastos datacenters (centros de processamento de dados) para suas operações.
Musk havia se tornado a pessoa mais rica do mundo pela primeira vez em 2021, mas perdeu a posição para Ellison após pouco mais de 300 dias no topo do ranking. Os dois empresários mantêm uma relação próxima, com o cofundador da Oracle sendo frequentemente descrito como mentor do CEO da Tesla.
Quando Musk buscou investidores para a compra do Twitter (atual "X"), Ellison ofereceu apoio dizendo que colocaria "um bilhão de dólares ou o que você recomendar". O cofundador da Oracle também é apoiador de Donald Trump e tem aparecido regularmente ao lado do presidente dos Estados Unidos na Casa Branca, inclusive no lançamento do projeto "Stargate", que prevê investimentos de $500 bilhões em infraestrutura de inteligência artificial nos Estados Unidos.