O Elevador da Glória, famoso bondinho turístico de Lisboa, em Portugal, descarrilou e provocou um acidente com pelo menos 15 mortos, na tarde desta quarta-feira (3/8). A imprensa portuguesa afirma que há 18 feridos, cinco deles em estado grave. 

Segundo alguns meios de comunicação locais, que citam os serviços de emergência, o vagão do famoso funicular da Glória, que conecta a Praça do Rossio aos bairros Príncipe Real e Bairro Alto, descarrilou. O elevador tem capacidade para transportar até 42 pessoas. 

De acordo com o jornal RTP, o acidente teria sido provocado por um cabo que se soltou. A Brigada de Homicídios da Polícia Judiciária e o Ministério Público foram acionados para investigar a causa do acidente. O Gabinete de Prevenção e Investigação de Acidentes com Aeronaves e de Acidentes Ferroviários (GPIAAF) também deverá fazer uma investigação. 

O presidente de Portugal, Marcelo Rebelo de Sousa, confirmou o acidente em uma mensagem publicada no site oficial do governo: "O Presidente das República lamenta profundamente o acidente ocorrido esta tarde com o elevador (funicular) da Glória, em Lisboa, em particular as vítimas mortais e os feridos graves, bem como os vários feridos ligeiros. O Presidente da República apresenta o seu pesar e solidariedade às famílias afetadas por esta tragédia e espera que a ocorrência seja rapidamente esclarecida pelas entidades competentes".

Por conta da tragédia, a Presidência da República cancelou a “Festa do Livro em Belém”, prevista para acontecer nos jardins do Palácio entre quinta-feira (4) e domingo (7). Foi decretado um dia de luto nacional e três de luto municipal. 

Os feridos foram encaminhados aos hospitais de São José, de Santa Maria e o São Francisco Xavier, todos de Lisboa. 

Responsável pelo transporte urbano em Lisboa, a empresa Carris afirma que "foram realizados e respeitados todos os protocolos de manutenção, nomeadamente a manutenção geral, que ocorre a cada quatro anos, e que ocorreu em 2022 a reparação intercalar, que é concretizada de dois em dois anos, tendo a última sido realizada em 2024". Diz ainda que "têm sido escrupulosamente cumpridos os programas de manutenção mensal, semanal e a inspeção diária" e avança que "abriu de imediato um inquérito, em conjunto com as autoridades, para apurar as reais causas deste acidente".

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(Com AFP)