CRIME INTERNACIONAL

Brasileira de 19 anos é presa com cocaína na Indonésia

País asiático prevê até pena de morte por tráfico de drogas; defesa alega que jovem era 'mula' de organização criminosa de Santa Catariana

Por O Tempo
Publicado em 01 de fevereiro de 2023 | 20:23
 
 
 
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Manuela Vitória de Araújo Farias, de 19 anos, foi presa por estar com cocaína na Ilha de Bali, na Indonésia. Ela foi indiciada por tráfico de drogas, que prevê até pena de morte em caso de condenação. 

A imprensa local noticiou que Manuela foi presa no dia 31 de dezembro. Ela estaria com cerca de 3 kg de cocaína em suas malas. 

Segundo informações do advogado dela, Davi Lira Silva, ao portal g1, Manuela não sabia que a droga estava na mala e que foi enganada por uma organização criminosa de Santa Catarina. Segundo ele, o grupo teria prometido férias e aulas de surfe para a jovem. 

"Ela foi aliciada por uma organização criminosa de Santa Catarina. De início, foi convidada a levar algo para a Indonésia. Perguntaram se ela tinha passaporte. Ela já tinha feito outra viagem internacional, com o namorado para Portugal. Perguntaram 'não quer levar um negócio para mim'? Prometeram um mês de férias na Indonésia, não falaram o conteúdo do que ela ia levar", disse ao g1.

Mesmo atraída pela situação, Manuela, ainda segundo relato do advogado, teria desistido da viagem. Contudo, foi constrangida e pressionada a viajar. "Pensou em desistir, mas as pessoas a forçaram. 'Não pode não ir, a gente já gastou R$ 16 mil, R$ 20 mil, agora tem que ir ou então tem que devolver o dinheiro para a gente'. Foi constrangida a viajar", contou. 

Silva relatou também que ela passou nos aeroportos do Brasil e do Catar. Já no país asiático, ela foi detida e foi identificada como uma "atravessadora" - termo utilizado para se referir a 'mula'. No entanto, as leis do país não preveem nenhum tipo de distinção de pena para atravessadores de traficantes. 

O Itamaraty se pronunciou sobre o caso e emitiu a seguinte nota: "O Ministério das Relações Exteriores, por meio da Embaixada do Brasil em Jacarta, tem conhecimento do caso e vem prestando a assistência consular cabível à nacional, em conformidade com os tratados internacionais vigentes e com a legislação local". Na Indonésia, ela está sendo defendida por um defensor público. (Com informações de g1)

 

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