Neste novo aniversário do município de Contagem, é oportuno relembrar, não só da magnífica batalha que redundou na conquista de sua independência em relação a Betim, mas também dos acertos e desacertos das administrações dos seus governantes no decorrer do longo período, hoje completando 113 anos de autonomia.

Evidentemente, não podemos ignorar que o conceito de vida pública precisa ter um novo sentido e ser considerado pelos políticos que dirigem os territórios onde foram escolhidos para resolver os problemas que afetam as comunidades. É ter a consciência da preservação da dignidade pessoal e ter também a tranquilidade do dever cumprido no trabalho honesto e no trato da coisa pública em benefícios do bem coletivo.

A desavença entre os dois municípios em referência, teve início em 1938 e perdurou até 1949 quando Contagem desmembrou-se de Betim alçando a anterior condição de município. Esse, logo depois de emancipado, transformou-se em um centro industrial que, por muitos anos, ocupou posição de destaque (2º lugar no Estado), em habitação, produtividade e arrecadação tributária.
O tempo foi passando, a população foi crescendo e a turma de políticos aumentando. Dentre eles os inconvenientes que empacaram o crescente desenvolvimento do município por várias décadas. 

Uma vez que, por falta de apoio e incentivo à iniciativa privada, muitas empresas, principalmente as de maior porte, foram embora transferindo suas atividades e negócios para outros Estados e municípios, deixando em Contagem desemprego e prejuízo na arrecadação de tributos para os cofres municipais; naquela época, já muito limpos de tanto serem esvaziados, por governantes useiros e vezeiros, na arte de surrupiar, enganar e prometer tudo e não cumprir nada.

Estamos nos aproximando das eleições municipais, a maior parte do eleitorado continua pouco esclarecida e fácil de ser enganada. Nossa capacidade de separar a realidade e distinguir os fariseus ouriçados pelo poder, precisa ser aperfeiçoado para jogarmos para os lados a mistificação e os enganadores, a fim de que a democracia possa seguir pelo meio, ilesa e fortalecida; aperfeiçoada tanto quanto possível.

Neste contexto, recomendar e alertar não faz mal. Observem e analisem esta realidade:

“Tempos difíceis, geram homens fortes;
Homens fortes, geram tempos fáceis;
Tempos fáceis, geram homens fracos;
Homens fracos, geram tempos difíceis.”

E o ciclo recomeça... a vida é assim, tenho prova disto.

Finalizo este artigo parabenizando nossa querida Contagem! Que os seus aniversários seguintes sejam também abençoados e comemorados com muito orgulho e satisfação pela crescente prosperidade e desenvolvimento, entre os principais municípios brasileiros.

(*) Alberto de Andrade Silva é empresário, Diretor da CDL-Contagem, conselheiro de educação CMEC-Contagem, comendador grã-cruz da ordem do mérito educação e integração - SBEI