Álvaro Damião é prefeito de Belo Horizonte
Tornou-se tradição políticos prestarem contas de seus primeiros 100 dias de trabalho. Na Prefeitura de BH, no entanto, passamos por situação sensível devido ao tratamento de saúde e posterior falecimento de Fuad Noman nesse período. Mas o que não faltaram foram realizações – tanto durante a interinidade, iniciada em 1° de janeiro, quanto após a posse oficial, em 3 de abril.
Aproveitando o Dia do Trabalhador, traçamos um balanço dos quatro primeiros meses, marcados pelo empenho em honrar a trajetória que construímos junto ao Fuad, nosso timoneiro e guia político.
No início do ano, enfrentamos o desafio das fortes chuvas e enchentes. De pronto, demos continuidade às obras de prevenção e acompanhamos o funcionamento eficaz da bacia de contenção B5 para conter as águas na Av. Teresa Cristina, além do piscinão que desafoga a Av. Vilarinho, em Venda Nova. A atenção a essas (e outras) áreas continuará.
Ainda em janeiro, firmamos contrato com a Caixa para construção de 188 unidades habitacionais no Residencial Djalma Cassimiro, no bairro Dom Silvério. A busca por oferecer moradia digna foi uma das marcas da campanha, e o compromisso segue de pé: com recursos próprios, entregamos 72 apartamentos no Residencial Olaria e formalizamos 181 escrituras a famílias das regionais Centro-Sul, Noroeste e Venda Nova.
Estamos ampliando, dia a dia, a relação com a União. Com o Ministério dos Transportes, está tudo encaminhado para efetivarmos a municipalização do Anel Rodoviário – demanda histórica que, finalmente, sairá do papel, com nossa gestão assumindo a responsabilidade por sua modernização e segurança.
Com o Ministério da Gestão e Inovação, garantimos R$ 7 milhões para estudos acerca da infraestrutura necessária para a construção de um novo bairro na área do antigo Aeroporto Carlos Prates. E, na saúde, BH receberá cerca de R$ 200 milhões para o fortalecimento do SUS.
Parcerias em Belo Horizonte
Fizemos muito – e faremos ainda mais. Para isso, contamos com secretários comprometidos e servidores preparados. Mas nem só de técnica vive uma gestão. Acreditamos que é preciso estabelecer uma relação afetiva com a população, lançando mão de um olhar social sobre os desafios da cidade.
A razão nos ajuda a encontrar soluções, mas é a paixão por BH e seu povo que nos move a trabalhar 24h por dia para oferecer serviços públicos de qualidade na saúde, educação, transporte e segurança. Claro que a população também precisa de lazer, por isso ficamos orgulhosos do belo espetáculo que foi o Carnaval 2025, que movimentou a rede hoteleira e fortaleceu a economia.
Acreditamos muito nas parcerias com a iniciativa privada para atrair investimentos, gerar empregos e reduzir entraves burocráticos. Foi justamente o êxito das parcerias público-privadas de Belo Horizonte que nos levou, em abril, a participar do colóquio internacional promovido pelo BID, em Lima, no Peru, em nossa primeira missão internacional à frente da PBH.
Estamos colocando em prática a boa política. Fuad nos ensinou, como fizeram JK e Tancredo, que não se governa com o fígado. Não guardamos ódio nem mágoas no congelador. Nossa rotina tem sido propositiva e transparente, buscando harmonia com a Câmara Municipal em prol de um objetivo comum: fazer BH avançar sem deixar ninguém pra trás. Por isso, nesta semana celebramos contratos com startups para colocar a cidade na vanguarda do ecossistema tecnológico e aprimorar os setores de mobilidade, saúde e segurança.
Nossa vitória nas urnas foi construída com diálogo, escuta e participação popular. Parafraseando a canção de Gilberto Gil, “Fuad já nos deu régua e compasso” para seguirmos em frente. E nunca é demais lembrar: até o fim de 2028, esta será uma gestão Fuad, com correções de rota e modificações pontuais que forem necessárias durante a caminhada. Sob o peso de seu legado, temos o dever de construir uma cidade mais digna, acolhedora e justa, especialmente para quem mais precisa.