Como lidar com emergências financeiras?

Imprevistos acontecem, isso é natural da vida. Mas quando a situação envolve nossa vida financeira, é muito mais difícil de lidar. Vem o estresse, as noites mal dormidas, as discussões em casa... Por isso, hoje vamos ensinar como lidar com emergências financeiras.

Se você perdeu o emprego, teve uma emergência hospitalar, bateu o carro ou outras situações inesperadas, veja agora nossas dicas para passar por elas da melhor maneira possível.

Como passar bem pelas emergências financeiras

Mesmo que você seja uma pessoa organizada financeiramente, não tenha dívidas em aberto e pague as contas em dia, os imprevistos podem acontecer e desestruturar o seu planejamento.

O primeiro passo ao se ver nessa posição é tentar manter a calma e entender que essa situação é contornável e passageira. Agora é hora de priorizar o planejamento financeiro e fazer mudanças para que você consiga sair bem da situação.

Veja como fazer:

Organize suas despesas

Se você já tem um planejamento financeiro e sabe quanto ganha e gasta por mês, é hora de revisitar esse orçamento e fazer ajustes.

Mas, se você ainda não tem, veja como fazer o seu orçamento pessoal:

1. Pegue seus três últimos extratos de banco e liste quanto você tem de renda mensal (salários, recebimentos de comissões, aluguéis, bonificações e outros);
2. Agora liste, mês a mês, todas as suas despesas, se possível criando categorias para cada uma delas. Gastos com moradia, alimentação, lazer, saúde e outros.
3. Liste também os seus investimentos, caso tenha, e quanto tem guardado em cada um deles. É importante verificar os prazos de resgate dessas aplicações.

Ao fazer isso, você conseguirá saber quanto ganhava e gastava até o mês anterior, antes da emergência acontecer. Também saberá quanto tem de saldo na conta, quanto tem investido e outras informações para poder decidir os próximos passos.

Calcule o prejuízo

A ideia aqui é ter uma visão clara da sua situação e essa é a melhor maneira de como lidar com emergências financeiras. Então, agora, faça um cálculo do prejuízo que você terá com esse imprevisto.

Se você perdeu o emprego, por exemplo, sabe que terá um prejuízo equivalente ao valor do seu salário mensal.

Se você não tem plano de saúde, mas vai precisar fazer uma cirurgia de urgência, deve calcular o valor do médico, da internação hospitalar, anestesia e outros gastos.

Esses são apenas dois exemplos de emergências. Pegue a situação real e tente chegar ao valor mais próximo possível. Isso te mostrará quanto você precisa ter de dinheiro para cobrir a emergência. É daqui que você vai decidir se vai:

• Recorrer aos seus investimentos
• Pegar um empréstimo
• Cortar gastos temporariamente para pagar os novos custos
• Dentre outras possibilidades.

Renegocie as dívidas

Independentemente de onde você vai tirar esse dinheiro para lidar com a emergência, um passo a tomar é tentar renegociar o valor das dívidas. Ligue para o credor (banco, loja, operador do cartão de crédito etc), explique sua situação e pergunte o que eles podem fazer para te ajudar a passar por essa situação temporária.

É provável que você consiga garantir parcelas menores, ainda que tenha que pagar a dívida por mais tempo.

Se você não tinha dívidas, pode tentar negociar algumas despesas, como valor da conta de internet, adiar o pagamento do aluguel e outras.

Corte gastos dispensáveis

Agora também é hora de priorizar as contas importantes, deixar de lado gastos supérfluos que você estava acostumado a ter e reduzir um pouco o seu padrão de vida.

Consulte o planejamento financeiro que você criou e entenda com o que você consegue fazer cortes para ter um gasto mensal menor. Normalmente, conseguimos dispensar gastos com lazer, reduzir a conta de telefone e internet, comprar em supermercados mais baratos, cortar assinaturas de streaming e outros serviços.

Recorra aos seus investimentos

Se você já tem uma reserva financeira para emergências, essa é a hora para resgatá-la e começar a utilizar o valor investido.

Se você não investiu pensando nesse ponto, mas tem aplicações, pode tentar retirar parte desse dinheiro para te “salvar” nesse momento. Aqui o importante é entender se a aplicação tem alta liquidez (ou seja, se permite que você faça o resgate a qualquer momento) ou se tem um prazo que você precisa respeitar para retirar aquele dinheiro.

Como criar a sua reserva de emergência?

A situação ideal para estar sempre preparado para o pior é ter uma reserva de emergência. A reserva é um valor que você deixa investido justamente para resgatar caso tenha algum imprevisto financeiro.

O ideal é que essa reserva tenha um valor guardado que equivalha a 6 meses das suas despesas essenciais.

Se no seu planejamento financeiro, calculou que você gasta R$ 2.500 por mês com comida, aluguel, plano de saúde, internet, telefone, transporte, escola das crianças e outras despesas importantes, a reserva deve ter um valor investido de R$ 15.000 (2500x6).

Depois que a sua situação financeira melhorar, lembre-se disso para se resguardar para novas emergências, para te proteger pelo menos pelos próximos meses. Comece investindo todo mês, mesmo que seja pequenas quantias, até formar essa reserva.

Isso vai te dar tranquilidade para procurar um novo emprego, para pagar aquela batida de carro que o seguro não cobre, os gastos hospitalares que você não esperava e outros.

Pegue um empréstimo

A nossa última dica para lidar com emergências financeiras é solicitar um empréstimo. E deixamos ela por último por um motivo: porque aqui é preciso muita cautela para que você não entre em uma bola de neve de dívidas.

Para pedir um empréstimo com segurança, você precisa ter certeza de que conseguirá pagar essa nova dívida ao longo do tempo. E também se certificar de que ela não vai comprometer o seu patrimônio e o pagamento de suas contas essenciais para viver – como alimentação e moradia.

A melhor maneira de fazer isso é consultar o seu planejamento financeiro e procurar por empréstimos que tenham juros mais baixos. Isso faz com que eles sejam mais baratos para pagar ao longo do tempo e isso vai proteger parte da sua renda mensal.

Um exemplo de empréstimo mais barato é o empréstimo consignado, voltado para servidores públicos, aposentados ou funcionários CLT de empresas privadas. Por ser atrelado à folha de pagamento, ele é mais seguro e tem juros mais baixos, além de ser mais simples de pagar, já que as prestações saem diretamente do seu salário.

Quer entender melhor como funciona? Veja agora tudo sobre o empréstimo com desconto em folha.