Com eleições municipais no horizonte próximo, a participação popular ganha relevância. Mas a BH do futuro só será possível com a ação política permanente dos cidadãos. Nos 126 anos da capital mineira, vale destacar o papel do povo no desenvolvimento da cidade. 

A história de Belo Horizonte mostra que os avanços se deram na esteira da participação popular, quando o ideário republicano que inspirou a fundação da cidade foi visto na prática.

Reivindicações relacionadas ao transporte coletivo, por exemplo, são registradas logo nos primeiros anos do século passado. Os bondes começaram a funcionar com quatro veículos, que contabilizaram 514 passagens no primeiro dia de operação. Os usuários, então, se mobilizaram para cobrar melhorias nos pontos de espera e ampliação do sistema para regiões mais afastadas do centro. As manifestações repercutiram à época no jornal “Diário de Notícias”.

A inclusão de pessoas com deficiência é outro exemplo de conquista que se deu a partir da demanda do povo, atendida pelo Legislativo. As primeiras normas de inclusão e acessibilidade surgem nas décadas de 1960 e 1970, com a gratuidade a pessoas cegas nos ônibus e a possibilidade de admissão de pessoas surdas ou surdas-mudas em cargos públicos.

A maior projeção de movimentos em prol de pessoas com deficiência foi absorvida pelo Legislativo. Assim, as cerca de 90 leis sobre o tema foram condensadas na Lei Municipal de Inclusão da Pessoa com Deficiência e da Pessoa com Mobilidade, aprovada em 2022.

Além da política, o belo-horizontino manifesta sua criatividade nas artes, na gastronomia, no empreendedorismo e no esporte. Somos a cidade do Clube da Esquina, do tropeiro do Mineirão, de Cruzeiro e Atlético e o município com o maior número de startups do Brasil. 

Em todas as áreas, o diálogo entre cidadãos e poder público é fundamental para Belo Horizonte superar os desafios e desenvolver seus potenciais e vocações, seja em ano eleitoral ou não.