Os espíritos humanos vivem encarnados aqui na Terra por vontade e decisão soberanas de Deus, que assim quis, para que, principalmente aqui, nós evoluíssemos espiritualmente.
Mas os teólogos cristãos ignoraram isso por séculos, aceitando a absurda ideia de um Deus justiceiro e vingativo, criador do terrível inferno imaginado por Dante Alighieri (século XIII) e condenando a palingenesia (reencarnação na Bíblia), que pertenceu à Igreja até o ano de 553. Deus quis criar o homem (um espírito humano com um corpo humano) para viver também aqui na Terra por determinados tempos, a fim de que o seu espírito tivesse mais condições de evoluir, buscando perfeição semelhante à de Deus. “Sede perfeitos como é perfeito vosso Pai celestial” (Mateus 5: 48). Não foi, pois, por acaso que Deus nos criou como espíritos que se encarnam, pois Ele quis que vivêssemos não só no mundo espiritual, mas também na carne.
Mas surgiram alguns teólogos dizendo que o homem, quando morre, seu espírito não pode mais voltar a viver aqui na Terra. E criou-se assim uma ideia antropológica materialista de que o homem, ao morrer, embora seja apenas seu corpo que morra, tem o fim definitivo de sua existência aqui na Terra, ideia muito identificada com a dos materialistas.
E ensinaram também os teólogos a doutrina de que, na ressurreição, o espírito ressuscitará (ressurgirá) com seu corpo de uma única vida terrena, o que é frontalmente contra a Bíblia, pois ela ensina que a ressurreição é do “corpo espiritual” segundo são Paulo (1 Coríntios 15: 45), ou perispírito conforme o espiritismo. Paulo confirma isso, também, ao dizer que nos céus (mundo espiritual), não há lugar para a carne e o sangue: “Carne e sangue não podem herdar o reino dos céus” (1 Coríntios 15: 50).
O espírito humano imortal sai do corpo que morre definitivamente de uma vez só por todas (Hebreus 9: 27) e volta a Deus (Eclesiastes 12: 7). Já o corpo mortal retorna ao pó do qual veio. E os espíritos humanos retornam do mundo espiritual para, posteriormente, reencarnarem noutros corpos novos que nascem, formando com eles novos homens, que, um dia, vão todos morrer também uma vez só (Hebreus 9: 27). Aliás, é nesse vai e vem que o espírito vai se aperfeiçoando, caminhando sempre em busca da sua perfeição semelhante à de Deus, a qual lhe dará o mérito de passar pela “porta estreita”, símbolo bíblico da salvação.
E, para a tristeza dos materialistas, a reencarnação ou palingenesia é uma grande verdade bíblica e confirmada, geralmente, pela ciência espiritualista. E, hoje, é ela, pois, que tira o sono dos materialistas.