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Opinião

Obra pública é para a população

Querer o Rodoanel, “não interessa qual”, é como um pai querer que a filha se case, não interessa se com um monstro

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Por Vittorio Medioli Publicado em 23 de janeiro de 2022 | 06h00 - Atualizado em 25 de janeiro de 2022 | 17h02

As abordagens no começo foram respeitosas, republicanas, voltadas para o bem e a melhor solução, aquela que atendesse a população.

Os espectadores ainda acreditavam na boa-fé do governo, nas boas intenções e na sensibilidade de se posicionar a favor das atuais e das próximas gerações de usuários.

Hoje restam poucas dúvidas sobre o engajamento travesso com os piores intérpretes da Lava Jato que este Rodoanel representa.

Pensava-se que um governador que passa as noites humildemente lavando pratos e os dias na fila da Caixa Econômica para receber em espécie seu salário estivesse sendo enganado.

Mas ele tem inteligência suficiente para ler as críticas, os indícios e as provas contundentes que emergem do seu governo; já está em posição de arriscar a reputação, mesmo que nada fale.

Querer o Rodoanel, “não interessa qual”, é como um pai querer que a filha se case, não interessa se com um monstro, um bandido, um crápula com antecedentes horrorosos.

Agora, que ele tem o modelo do Rodoanel, o pior, o mais questionado, um absurdo, terá que passar a administrar as consequências. O sentimento de que a região metropolitana precisa de intervenções pesadas, não apenas do Rodoanel, nem isso se discutiu, deixando Brumadinho, que é quem pagou com o sangue, fora.

A obra não pode se transformar na desestruturação do equilíbrio urbano, sedimentado em décadas. Precisa capturar os afluentes de trânsito e canalizá-los fora do recinto densamente povoado. O insano projeto de cortar uma cidade com uma muralha de 40 m de largura é muita ousadia e desrespeito; separa moradores dos seus serviços públicos, degrada o habitat urbano, obriga a refazer todas as ligações de drenagem, elétricas, de água, despejará ruídos e barulho para infernizar 24 horas por dia a população. Nem existe estudo desse impacto, pois, se existisse, já inviabilizaria a monstruosidade. Provavelmente se pensa que as classes D e E, que levarão a pancada, não possuem voz nem tempo para um dia se revoltarem quando suas casas forem demolidas, suas existências, infernizadas, sua qualidade de vida, degradada.

Eu, pessoalmente, gostaria de debater publicamente, ponto por ponto, as afirmações absurdas e inverídicas daqueles que mostraram a necessidade e as supostas vantagens desse projeto, que esconde um lucro de R$ 1,7 bilhão anual da futura concessionária – a verdadeira mola que deixa a Seinfra acelerada é esse lucro. Praticamente a modelagem do negócio dá um lucro exorbitante, injustificado, e ainda tem a condição escabrosa de ser uma proposta do próprio Estado!!!

O governo nunca analisou o assunto como “obra pública”, assim como ela é e continua sendo. Obra pública não tem que atender empreiteira, mas a população, o progresso futuro. Nesse caso, quem deu o projeto e pagou a Systra e a Accenture é quem tem interesse na obra, supostamente as empreiteiras, as mesmas protagonistas do pior escândalo de corrupção do planeta, o petrolão.

A maior e mais esperada obra da região metropolitana de BH se resume, assim, por parte do Estado, numa defesa canina, cega e temerária da concessão privada, sem admissão de uma alternativa, nunca analisada, que possa satisfazer o próprio interesse público. Vai ter que ser aprovada na marra, sem ouvir os prefeitos das principais cidades atingidas.

A extremada rentabilidade do empreendimento é tudo que o estudo mostra de notável, ou comprova a lesão aos usuários. Até nesse ponto é um ato cruel e desleal com a população.

Para atingir a meta ao longo dos últimos anos, usou-se de tudo: desligaram-se microfones, escalaram-se mercenários que confundissem o contraditório, marcaram-se na calada da noite audiências, para realizá-las na manhã seguinte. Contratou-se a Accenture, uma empresa que perdeu o respeito meu e o de muita gente que conta neste país. Nem se fala da Systra, empresa controlada pela RATP, maior concessionária de rodovias do mundo, que surge como sócia em diferentes concessões no Brasil, como da Odebrecht, da CCR e da nata do petrolão.

O pedágio proposto pelo governo é de R$ 0,35 por quilômetro, ou seja, 10,6 vezes maior do que o que se cobra na Fernão Dias, o que é fora de cogitação, do limite da vergonha. Chega a ser superior ao próprio gasto de combustível em muitas combinações de veículos. Um disparate, uma encomenda contra a economia popular engendrada pelo Estado de Minas Gerais, que repassará o custo inteiro da obra de R$ 3 bilhões, provenientes da Vale. Não existe negócio melhor que se saiba para a inciativa privada e pior para a população.

Tudo isso deixará sequelas jurídicas, e, quando a população inteira se aperceber do castigo, será a revolta.

O governo comprova que não sabe nem institucionalmente, quanto menos politicamente, manejar suas relações, enxerga apenas o lado negocial, e não o humano.

Esse caso terá impacto nas eleições deste ano, o governador fabricou motivos para ter dor de cabeça.

Se a Assembleia, que já é hostil a ele, partir para uma CPI da Seinfra, em ano eleitoral, tendo no meio esses métodos e, ainda, o abandono da manutenção das estradas em toda a Minas Gerais, será duro de suportar.

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