Se você acompanha a gente desde 2022, já sabe que uma série de ficção científica roubou completamente nossa atenção e se tornou uma das favoritas por aqui: Ruptura (Severance). Já falamos dela em todas as plataformas (podcast, YouTube, e até aqui em O TEMPO) porque ela realmente merece todo o destaque que recebeu desde sua estreia.
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Uma premissa ousada que prende desde o início
A série parte de uma ideia poderosa: e se fosse possível separar completamente sua memória pessoal da sua memória profissional? Um verdadeiro “modo trabalho” ativado cirurgicamente, no qual uma parte sua vive dentro da empresa, e outra fora, sem que uma tenha conhecimento da outra.
A partir dessa premissa, a série constrói uma crítica mordaz ao corporativismo, mostrando como empresas podem assumir dimensões quase religiosas, com valores, cultura e até mitologia próprios. Ao mesmo tempo, provoca reflexões profundas sobre identidade, autonomia e sobre qual vida (a profissional ou a pessoal) acaba dominando quem somos.
Mistério, tensão e um universo milimetricamente pensado
A narrativa de Ruptura não se apressa: o ritmo lento contrasta com as produções atuais, que costumam jogar novidades a cada episódio. Aqui, tudo é calculado, da direção de arte à trilha sonora, para criar uma atmosfera de controle e opressão que reflete a experiência dos personagens.
É uma série de mistério, mas também um drama psicológico que convida o espectador a questionar o próprio mundo do trabalho, enquanto mergulha em atuações impecáveis e um design de produção impressionante.
Segunda temporada: respostas, ousadia e expansão
A segunda temporada não só sustenta a tensão como também avança com coragem. Ela responde muitas das perguntas deixadas em aberto, sem perder o suspense. Além disso, expande o universo da história ao dedicar episódios a personagens e temas específicos, indo além das paredes da Lumon (a empresa central da trama).
Esses episódios mostram que, apesar de compartilharem o mesmo corpo, as versões “de dentro” e “de fora” dos personagens são quase pessoas diferentes, reforçando os dilemas filosóficos que tornam a série única.
O fenômeno do Emmy 2025
A nova temporada consolidou Ruptura como uma das séries mais premiadas e comentadas do ano: são 27 indicações ao Emmy, incluindo Melhor Série Dramática, reconhecimento ao elenco principal, participações especiais e quase todas as categorias técnicas possíveis.
O episódio final, em especial, foi celebrado pela crítica e pelo público, sendo indicado em praticamente tudo que podia.
Onde assistir e terceira temporada
A série está disponível na AppleTV+ e já tem terceira temporada confirmada. Por enquanto, ainda não há previsão de início das gravações, mas a expectativa é alta para os próximos capítulos dessa história.
Se você já viu a primeira temporada, e não está em dia com a série ainda, vale atualizar a maratona com os novos episódios. Mas se ainda não conhece, Ruptura é essencial para quem busca ficção científica com estilo, crítica social afiada, suspense psicológico e personagens complexos.
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