O secretário de Estado da Casa Civil do governo de Minas, Marcelo Aro, foi o convidado da última sexta-feira (11 de outubro) para participar do programa Café com Política, da FM O TEMPO 91,7. Durante a entrevista, o ex-deputado federal, falou sobre o resultado do primeiro turno das eleições em Belo Horizonte, a possibilidade de disputar uma vaga no Senado em 2026 e o desejo de ver o governador Romeu Zema disputar a Presidência da República.
O senhor poderia fazer um balanço da sua gestão na Secretaria da Casa Civil? O que foi possível, na sua avaliação, entregar ao governo Zema até agora?
São muitas entregas, e tenho uma posição altamente estratégica dentro do governo do Estado. Hoje, a Casa Civil não é responsável somente pela articulação política, embora essa seja uma das nossas principais funções. Temos muitas outras atividades dentro da Casa Civil, como, por exemplo, toda a área de captação de recursos do governo do Estado, que é competência da Casa Civil. Então, imagine que todo o trabalho para a captação de recursos, seja da iniciativa privada, seja de outros órgãos ou instituições, como Tribunal de Justiça e Ministério Público, é da Casa Civil. Além disso, cuidamos de toda a parte da agenda internacional do Estado. Estamos conseguindo trazer muitas empresas para o Estado de Minas Gerais, o que tem aumentado de maneira significativa a oferta de empregos no nosso Estado. Hoje, Minas Gerais é um exemplo para o resto do país quando se fala em empregabilidade e na possibilidade de as pessoas estarem trabalhando. Também cuidamos de toda a articulação política e das relações institucionais com os órgãos, seja Tribunal de Justiça, Ministério Público na esfera estadual, Tribunal de Contas do Estado, mas também na esfera nacional, com o STF, STJ e Tribunal de Contas da União. Temos uma relação estreita com os demais entes federativos e outros Estados, além de nossa pauta dedicada às pessoas com deficiência e doenças raras. Recentemente, entregamos 27 salas multi-sensoriais no Estado de Minas Gerais para que as pessoas com deficiência possam desenvolver suas habilidades cognitivo-motoras. Antes, só havia uma sala em Belo Horizonte. Hoje, temos 27 salas espalhadas pelo Estado, fruto do trabalho do governador Romeu Zema, junto com a Casa Civil, e do professor Mateus Simões. Conseguimos, pela primeira vez na história, enviar R$45 milhões para as APAEs de Minas Gerais. Nunca o governo havia feito uma ação dessa natureza, cuidando das APAEs. Hoje, quando se pergunta sobre o governo do Estado de Minas Gerais e do governador Romeu Zema nas APAEs, eles testemunham o olhar atento que o Estado tem para essas pessoas. Poderíamos falar sobre o teste do pezinho ampliado, que agora salva milhares de vidas. Começamos com seis doenças detectadas no teste do pezinho ampliado, e hoje já são 15 doenças diagnosticadas. São avanços realmente gigantescos, e poderíamos passar o dia falando sobre isso. Mas, certamente, quem está nos ouvindo está notando essa diferença na ponta e sabe que o governo do Estado de Minas Gerais, sob a liderança do governador Zema, é um governo presente, que olha para as pessoas e tem mudado a vida do cidadão mineiro.
O grupo do senhor na Câmara, embora tenha perdido um vereador, ainda continua sendo o maior grupo da Câmara Municipal depois do resultado das eleições, com oito cadeiras. O que o grupo do senhor espera da Câmara nos próximos anos em Belo Horizonte?
Quando iniciamos o processo eleitoral, que começa lá atrás, na montagem das chapas, nós tínhamos oito vereadores. O Preto do Sacolão não era da família Aro; ele veio para o DC, que era um dos nossos partidos. Mas a gente tinha oito vereadores e reelegemos os oito vereadores da família Aro. Portanto, mantivemos o número que começamos o processo eleitoral. É importante as pessoas lembrarem que, na última legislatura, entramos na Câmara Municipal com uma vereadora da Família Aro e viramos oito. Agora, entramos com oito. Certamente, a Família Aro vai crescer durante o mandato. Hoje, não tenho dúvidas de que nos consolidamos como a grande força política da cidade de Belo Horizonte. Os números mostram isso, as urnas mostraram isso. Os nossos vereadores, do nosso grupo, representaram 227 mil votos na cidade de Belo Horizonte. Estamos falando de 20% da população que votou nos nossos vereadores. Isso mostra a força do nosso grupo político. E se, da última vez, começamos com um e viramos oito, agora começamos com oito e certamente viraremos muito mais durante a legislatura.
Confira a entrevista completa na íntegra:
No início do próximo ano, haverá uma disputa pela presidência da Câmara Municipal. No último biênio foi costurado um acordo com o então vereador Gabriel Azevedo, que, segundo o senhor, não foi cumprido por ele. A intenção do seu grupo é disputar o posto mais importante da Casa?
Ele (Gabriel) assinou um documento se comprometendo a renunciar, mas não cumpriu a palavra dele. Tudo bem, infelizmente nem todos têm compromisso. A lealdade é a palavra que nós temos. É natural que o nosso grupo queira, sim, disputar a presidência da Câmara dos Vereadores. Quando falamos de oito vereadores da família Aro, fizemos acordos com vários vereadores pré-eleição, vereadores que se comprometeram a caminhar conosco e que nós também ajudamos na eleição direta, seja através de votos ou com a estrutura que, de alguma forma, nós oferecemos em um acordo prévio. Elegemos nosso grupo, entre familiares e aqueles que fizeram acordos prévios conosco, com 15 vereadores. Nossa arrancada é com 15, e, esta semana, nós fechamos com mais três vereadores que confirmaram que vão caminhar conosco para a presidência da Câmara. Portanto, hoje, dia 11 de outubro, nosso grupo parte com 18 votos certos. Vamos caminhar juntos. Isso mostra a força do nosso grupo político; não estamos contando nem com a esquerda, nem com a direita. Desses 18, obviamente, temos inúmeros nomes que podem ser candidatos a presidente. A única chance desse grupo não ter a presidência da Câmara é se o PL decidir votar junto com o PSOL e o PT contra nós. Se os votos do PL se juntarem aos votos do PSOL e do PT, junto com os dois que o Gabriel elegeu, e que ele tem. Dos dez (vereadores) que o Gabriel tinha em seu grupo, ele reelegeu três: a Loíde, o Cleiton e o Irlan. Então, se os três do Gabriel se juntarem ao PSOL, ao PT e ao PL, talvez realmente o nosso grupo não tenha êxito nessa empreitada. Mas eu não acredito que isso vai acontecer. A grande chance é que nosso grupo de fato conquiste a presidência da Câmara.
Hoje a Câmara está dividida em quatro grupos. Na avaliação do senhor, a família Aro, o grupo de Gabriel Azevedo, esquerda, direita?
Eu acho que a Câmara está dividida em três grupos. Tem o nosso grupo, tem o grupo do PL da direita e tem um grupo da esquerda, o Gabriel não pode ser considerado um grupo. Gabriel de dez, ele reelegeu três, sendo que três deles provavelmente não continuam com ele. Nós temos que lembrar que o Gabriel teve um grupo que caminhou com ele, mas a troca de cargos, ele trocava cargos e acabou. O Gabriel não vai ser mais presidente da Câmara dia 1 de janeiro.
Gabriel segue a vida dele. Ele não tem mais mandato, ele não tem mais a caneta na mão. Então não posso considerar isso um grupo, porque não são pessoas que vão estar com ele na tristeza e na alegria, na pobreza e na riqueza. São pessoas que vão deixar ele a partir de 1 de janeiro, diferente dos outros três grupos colocados na Câmara Municipal de Belo Horizonte. Nós temos um grupo da direita e nós temos um grupo da esquerda, a esquerda continuará sendo esquerda, indiferente. Quem vencer a presidência da Câmara, indiferente quem for prefeito. A direita continuará sendo direita, indiferente quem for presidente da Câmara indiferente de quem for o prefeito. O nosso grupo já provou inúmeras vezes que nós somos nosso grupo, indiferente se vamos ou não ter a presidência da Câmara, e quem é o prefeito. Então esses são os três grupos consolidados da Câmara Municipal da próxima legislatura. A esquerda elegeu dez vereadores, foram quatro vereadores no PT e um no PC do B, um no PV, três no PSOL e um no PDT. Dos dez vereadores, dois já se comprometeram em votar conosco para presidente da Câmara, o PL tem seis vereadores eleitos, dois já se comprometeram a votar conosco. Nós temos votos, tanto na esquerda quanto na direita, dentro do nosso grupo. E é uma tendência natural agora, nos próximos dias serem feitos alguns acordos que dê a maioria para o nosso grupo ter a presidência da Câmara. Então, eu acredito que hoje Belo Horizonte tem três grupos dentro da Câmara Municipal.
O seu grupo também teve uma passagem pela Prefeitura de Belo Horizonte, no apoio ao prefeito Fuad Noman, neste ano de 2024, o que deixou a impressão, nas eleições, de que havia uma ligação entre o senhor e outros parlamentares do grupo. Havia questões que faziam parte de um acordo para a governabilidade, mas não necessariamente para a eleição. Gostaria de lhe perguntar sobre essa passagem pela Prefeitura de Belo Horizonte. Qual é a sua avaliação do prefeito Fuad Noman e da maneira como ele conduziu a participação do seu grupo dentro da prefeitura?
Eu tenho um grande carinho e respeito pelo Fuad. Todas as vezes que conversamos e fizemos algum acordo pela cidade de Belo Horizonte, ele honrou a palavra comigo. Então, eu, Marcelo, não posso criticar o Fuad. Muita gente fala: Mas o grupo de vocês estava dentro da prefeitura; vocês tinham quatro secretarias lá. Castellar era secretário de governo. De repente, saiu todo mundo. Mas saiu conversado, não foi uma ruptura. Na época, eu disse isso, mas as pessoas não acreditaram; achavam que eu ia sair atirando no Fuad. De forma alguma. O Fuad foi muito correto conosco. Pelo contrário, quando saímos, ele pediu que não saíssemos. Eu disse que não faria isso porque havia a tendência de não caminharmos juntos no primeiro turno. Eu não podia ficar ali, sabendo que ele tinha uma eleição pela frente.
Então, as coisas sempre foram muito claras e bem conversadas. Da minha parte, tenho admiração e carinho pelo prefeito Fuad. Digo que Belo Horizonte está bem servida, seja com Bruno eleito ou com Fuad. Acredito que ambos conseguirão fazer uma excelente gestão. Não acredito que o belo-horizontino esteja diante de uma situação em que, se um ganhar, tudo dará certo, e, se o outro ganhar, perderemos tudo. Não vejo dessa forma. Acho que os dois são competentes para administrar a cidade. Fuad já mostrou sua competência. A gestão dele foi boa, e eu testemunhei isso, mesmo que não tenha ficado ao lado dele e não o tenha apoiado no primeiro turno. Mas nunca neguei minha admiração pela gestão do Fuad. Acho que ele fez um bom governo à frente da prefeitura, e digo o mesmo de Bruno, que se mostrou nessa campanha eleitoral um cara altamente capacitado, extremamente técnico, preciso em suas respostas e propostas para os moradores de rua. Ele demonstrou muita capacidade. Bruno fez um debate pela cidade de Belo Horizonte.
Isso quer dizer que não haverá um posicionamento político-eleitoral de Marcelo Aro ou dos parlamentares que, neste momento, estão vinculados ao grupo, neste segundo turno das eleições? Nem para o Fuad, nem para o Bruno Engler?
Nosso grupo pode, sim, apoiar um dos dois. Estamos conversando internamente. Nosso grupo é muito grande; somos o maior grupo político de Belo Horizonte, e as urnas demonstraram isso. O nosso grupo é o maior grupo político de Belo Horizonte. Então, não são poucas as pessoas que devo ouvir e que preciso ouvir. A primeira reunião que fizemos após a eleição foi com os derrotados, aqueles vereadores que perderam a eleição, e depois já nos reunimos com aqueles que venceram. Mas temos que ouvir a todos, escutar o que eles pensam para Belo Horizonte. Então, o nosso grupo pode, sim, se posicionar, independentemente desta declaração que estou dando aqui hoje. O grupo pode, sim, se posicionar, mas se posicionar não quer dizer que vou falar mal do outro. Se o nosso grupo decidir caminhar com o Bruno, isso não significa que vou fazer uma campanha atacando o Fuad, ou vice-versa, porque não seria justo da minha parte.
Acredito que Belo Horizonte está entre duas boas opções. O belo-horizontino tem duas boas escolhas. O que aconteceu na região metropolitana é um fenômeno muito positivo. Tivemos boas pessoas eleitas na região metropolitana. A Marília, em Contagem, é uma boa prefeita. Tivemos o Heron eleito em Betim, um cara do bem, correto. Fiquei feliz com a vitória do Heron. Temos o João Marcelo em Nova Lima. E teremos ou o Bruno ou o Fuad em Belo Horizonte. Acredito que a região metropolitana saiu vitoriosa das urnas, independentemente do grupo político que está no poder, independentemente das pessoas que estão no poder. Quem sai vitorioso é o cidadão.
Muitas vezes, falamos sobre a rivalidade que existia, em certa parte da Câmara, com a Prefeitura de Belo Horizonte, nos últimos dois prefeitos que passaram por lá: o atual e o ex-prefeito Alexandre Kalil, principalmente. Que avaliação o seu grupo faz hoje sobre como deve ser uma Câmara para que, de fato, a cidade consiga funcionar? Como o senhor pensa em um trabalho em conjunto entre a Câmara e a Prefeitura?
Precisamos de uma Câmara independente. Se pudéssemos escolher todas as câmaras e assembleias em todas as esferas dos entes federativos do nosso país, e um Congresso Nacional independente, teríamos certamente um país muito melhor. Quando você tem uma presidência de Câmara Municipal 100% alinhada com o prefeito, caminhando junto com ele, obediente ao prefeito, corremos um risco, porque, se o prefeito não estiver fazendo um bom trabalho, quem será o freio do prefeito? Quem serão as pessoas que dirão: "Prefeito, precisa melhorar, isso não está certo"? Então, temos uma Câmara 100% governista, que é ruim da mesma forma. E temos uma Câmara 100% oposicionista que, indiferentemente do que o prefeito fizer, estará sempre contra. Isso é prejudicial para a cidade, porque, mesmo que o prefeito seja bom, a Câmara estará sempre atacando e criticando.
Precisamos ter na presidência da Câmara Municipal de Belo Horizonte uma pessoa sensata, que aplauda quando for preciso aplaudir, mas que critique quando for necessário criticar; uma Câmara que pense nos vereadores e na cidade de Belo Horizonte. É essa a nossa busca. Quando falo do nosso grupo político, digo que temos compromisso, em primeiro lugar, com a cidade que elegeu nossos vereadores. Tivemos 227 mil votos para vereador. A minha mãe é a segunda vereadora mais votada da cidade de Belo Horizonte.
Mas lembro que, por exemplo, na última eleição, a capa de todos os jornais em Belo Horizonte trazia Duda Salabert em primeiro lugar para vereadora e Nikolas Ferreira em segundo. Todo mundo noticiava o primeiro e o segundo nessa campanha, e poucas pessoas noticiaram a segunda colocada. Ela foi a mulher mais votada, e poucos noticiaram isso, com uma votação sensacional de 27.733 votos. Isso mostra a força do nosso grupo, mas, sobretudo, mostra a aprovação do trabalho que a professora Marli fez na Câmara Municipal de Belo Horizonte.
E, obviamente, esses votos precisam ter um retorno da vereadora. A vereadora tem que trabalhar. Nosso primeiro compromisso foi com quem votou em nós. Não apenas os 27 mil votos da professora Marli, mas os mais de 200 mil votos que nosso grupo teve em Belo Horizonte. Precisamos dar retorno a esses eleitores, independentemente de quem seja o prefeito.
Nosso compromisso é com a cidade. É por isso que queremos uma Câmara independente, que não seja 100% governo nem 100% oposição.
Você acha que o governador Romeu Zema, neste segundo turno, do ponto de vista da análise política do secretário Marcelo Aro, deve participar e participará desta campanha do segundo turno? Ele não teve uma participação muito efetiva no primeiro turno na campanha de Mauro Tramontina, mas sabe que, politicamente, é importante. Isso tem alguma relevância? Ele não deveria participar?
Em primeiro lugar, é importante falar sobre a relevância do governador Romeu Zema em qualquer campanha de Minas Gerais, não apenas do Brasil. Ele é uma figura altíssima. O governador Romeu Zema, em Minas Gerais, é a maior liderança do nosso Estado. Nas aprovações, ele tem mais aprovação do que qualquer liderança nacional. O governador Zema já provou que, de fato, é o melhor quadro político que temos no Brasil. E todo mundo, obviamente, quer o apoio do governador e deseja que ele esteja ao seu lado.
Nessa batalha eleitoral, precisamos lembrar que o governador Romeu Zema sai fortalecido desse cenário eleitoral, nas urnas, nas eleições municipais. Ele ganhou em cidades importantíssimas, como Uberlândia, onde teve uma votação expressiva em primeiro turno; Teófilo Otoni, que era uma prefeitura do PT, e agora o governador conseguiu eleger um prefeito; e em Uberaba, quase ganhou em primeiro turno. Ganhou por conta de um dos candidatos, mas o governador se posicionou. Portanto, o governador Romeu Zema sai fortalecido desse processo eleitoral e tem uma importância gigantesca no segundo turno de Belo Horizonte. Obviamente, se o governador fizer o que fez em 2022, ele pode mudar a eleição em Belo Horizonte.
Precisamos lembrar que, em 2022, o Bolsonaro perdeu em Belo Horizonte no primeiro turno e, depois, no Estado, mas o governador conseguiu uma reviravolta. Assim, em Belo Horizonte, o Bolsonaro ganhou, sim, com o trabalho ostensivo do governador. Não tenho dúvida de que, se o governador entrar em alguma campanha agora no segundo turno, mas entrar de coração, como fez na campanha do Bolsonaro, ele reverte a eleição em Belo Horizonte ou em qualquer cidade de Minas Gerais. Isso não aconteceu no primeiro turno, pois foi tomada uma decisão de coordenação de campanha da eleição do Tramonte, que não usou a imagem do governador, que não o utilizou no primeiro turno. Acho que isso teve um custo alto. Preferiram colocar ali o prefeito, o ex-prefeito Alexandre Kalil, que, para mim, foi o maior derrotado nas eleições de Minas Gerais.
Ele foi para a televisão, colocou a cara, pediu votos e minguou os votos do Mauro Tramonte. Acredito que ele sai como o grande derrotado desse processo eleitoral. Observem que, no segundo turno, ninguém está atrás do Kalil para pedir apoio. Nem o Fuad, nem o Bruno foram atrás dele. Diferentemente do governador, que é um exemplo, todo mundo quer o apoio dele.
Não tenho dúvida de que, se o governador entrar, ele muda a eleição. Agora, é uma situação complicada para o governador, porque, ao mesmo tempo que ele tem uma proximidade e uma concordância de ideias com o Bruno e com a direita, temos que lembrar também que o maior partido da base aliada do governador na Assembleia é o PSD.
Então, é complicado para o governador também tomar uma posição. Mas, respondendo de maneira objetiva, acredito que, se ele entrar, ele muda as eleições.
Uma avaliação sobre a campanha do senador Carlos Viana e do Podemos nessa eleição?
O Podemos, em Minas, sai engrandecido. O Podemos em Minas elegeu para que se em relação ao país, 20% dos prefeitos e mais de 15% dos vereadores do país foram de Minas Gerais, então foram vários prefeitos, ex-prefeitos, vereadores eleitos, mais de 300 vereadores em Minas Gerais, Em Belo Horizonte, houve um grande erro nessa candidatura do senador Carlos Viana e as urnas mostraram isso. Agora ele terá mais dois anos para se reinventar e se colocar novamente como opção para Minas Gerais.
Onde Marcelo Aro quer ver Romeu Zema em 2026?
Na Presidência da República e vou trabalhar muito para isso acontecer.
Marcelo Aro será candidato ao Senado novamente em 2026?
É uma tendência natural. Eu quero sim, disputar as eleições em 2026. Há uma tendência que eu venha para o Senado, assim como há uma tendência que o Mateus Simões venha para governador do Estado de Minas Gerais em 2026 e, se vier, terá o meu apoio e terá o meu comprometimento. E esse é o nosso grupo político. Então, hoje eu falaria que o nosso grande esforço é para ver o Zema, Presidente da República, o Mateus governador e quem sabe que eu esteja lá no Senado ajudando tanto o Mateus quanto o Zema.
De quem Marcelo Aro não caminha mais ao lado e não se arrepende disso?
Gabriel Azevedo, não tenha dúvida, ele, para mim, é um lobo em pele de cordeiro. É uma pessoa que não tem valor, não tem princípio. Uma pessoa que faz o que for preciso pelo poder. É um cara que fala que tem nojo do MDB e se filia no MDB. É um cara que grava os outros. Enfim, quero longe da política. O que eu puder fazer para ajudar que isso aconteça, eu farei.