O deputado federal Nikolas Ferreira (PL) negou que tenha cogitado ser o candidato à Prefeitura de Belo Horizonte no lugar de Bruno Engler (PL), que disputa o segundo turno com o atual prefeito Fuad Noman (PSD). Nikolas ainda afirmou que não sabe se deseja disputar o cargo de governador em 2026 e avaliou que Minas Gerais não está numa situação fiscal boa e que ele poderia ter dificuldades de governança.
Entrevistado do Café com Política da FM O TEMPO 91,7 desta terça-feira (22 de outubro), Nikolas disse que não tem “sede do poder pelo poder” e que deseja criar um grupo político de renovação. Ele foi, inclusive, uma das principais peças da direita nas eleições municipais deste ano, ajudando na eleição de diversos vereadores e prefeitos no Brasil. Nikolas, hoje, atua na campanha de Bruno Engler tanto de frente às câmeras quanto nos bastidores, e destacou que Engler sempre foi a escolha do partido para disputar a PBH.
“O Bruno já tinha sido o nome anterior, era o nome natural. Então, não pensei em nenhuma hora”, afirmou Nikolas, quando questionado se pensou em disputar a prefeitura, “A minha intenção é que as coisas melhorem. Eu não tenho sede de poder, no sentido de criar o meu grupo político e só o meu grupo político vai chegar ao poder. Eu quero, de fato, pessoas que consigam renovar a política”.
Nikolas, que foi o deputado federal mais votado em 2022, com mais de um 1,4 milhão de votos, também destacou que não sabe se quer disputar o governo de Minas Gerais em 2026. Questionado se esse é um plano, o deputado federal mineiro disse que tem medo de “queimar cartucho”, já que Minas está com uma situação fiscal “delicada”.
“Não sei, porque eu sou muito sensível ao que as pessoas falam para mim, não sei se ainda é o momento. A questão fiscal de Minas realmente está uma questão extremamente delicada. Eu não quero queimar cartucho. Suponhamos que eu pegue o governo de Minas com Lula presidente, eu não tenho dúvidas de que ele vai fazer do céu ao inferno para eu não conseguir governar Minas. E para você governar de fato, você precisa ter recursos enviados para o seu Estado”, avaliou.
Entrevista concedida aos jornalistas Guilherme Ibraim e Thalita Marinho