Uma crise aberta entre a gestão Fuad Noman (PSD) e o Avante, desencadeada após exonerações de pessoas ligadas à legenda, deixou o partido do deputado federal Luís Tibé (Avante) mais longe da aliança que irá apoiar a tentativa de reeleição do prefeito da capital.
Os problemas com a legenda começaram após a troca, sem combinação prévia, de uma diretora indicada pelo partido na Superintendência de Limpeza Urbana (SLU), em meados de maio (15/5). Ela foi remanejada para uma vaga na administração regional Barreiro, mas o partido não teria gostado da forma como a situação foi conduzida.
Por causa da troca imprevista, toda a diretoria da SLU, que era vinculada ao Avante, inclusive o superintendente, Edson Fonseca Júnior, pediu afastamento dos cargos e obrigou o governo a improvisar substitutos.
O episódio abriu uma série de exonerações de indicados do Avante dentro da prefeitura. A caça atingiu até o ex-vereador Ronaldo Gontijo, que atuava como Coordenador Adjunto da Regional Barreiro e foi exonerado nesta semana. Em contato com O TEMPO, ele destacou que não é do Avante, mas que preferiu se afastar quando viu seu nome envolvido na polêmica.
“Sou filiado ao Cidadania desde que o partido ainda era PPS. Não troquei e não pretendo trocar. Mas sou amigo e tenho uma boa relação com o vereador Claudiney Dulim; tínhamos proximidade dentro da prefeitura. Mas quando vi meu nome sendo vinculado a esta situação, preferi sair”, destaca. Gontijo chegou a ser exonerado, mas, nesta sexta-feira (24/5), uma nova edição foi publicada destacando que o vereador pediu para sair.
O vereador Claudiney Dulim, que no mandato do prefeito Fuad Noman atuou como Secretário de Assuntos Institucionais, manteve uma relação boa com o governo mesmo após seu retorno para a Câmara.
O Avante de Dulim era um dos partidos confirmados no leque de alianças que deve apoiar a candidatura de reeleição do prefeito Fuad Noman. Porém, após a crise, a relação caiu na incerteza.
Nos bastidores, a turma do deixa disso atua para tentar repactuar a relação e trazer o Avante de volta para o governo. Mas ainda não há a certeza se o partido irá topar e nem a troco de quê.
Oficialmente, PSD e Avante não indicam se mantém a aliança ou não. Mas até agora não houve movimentos para retorno dos representantes do partido à gestão Fuad.
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