Com forte presença nas redes sociais, família de políticos e ideias fortes contra a esquerda, Amanda Teixeira Dias (PL) assume como deputada estadual na próxima terça-feira (11). Filha do ex-ministro do Turismo do governo Bolsonaro e atual deputado federal, Marcelo Álvaro Antônio (PL), e da vereadora de BH, Janaina Cardoso (União), Amanda teve cerca de 15 mil votos nas eleições de 2022 e ficou como primeira suplente do PL. Ela substitui a ex-deputada Alê Portela, que foi nomeada Secretária de Estado de Desenvolvimento Social. 

Em conversa com a reportagem, Amanda afirmou que terá como principal pauta política o desenvolvimento de políticas públicas para a proteção de crianças, adolescentes e mães, além da saúde no estado. Tudo isso, segundo ela, permeando o combate à esquerda, que a nova deputada considera como “uma tradição familiar”.

Ela é neta de Álvaro Antônio Teixeira Dias, que foi vereador de Belo Horizonte na década de 1970 pela Arena, partido que surgiu durante a Ditadura Militar. Ele também foi deputado estadual, Secretário dos Transportes no governo Tancredo Neves, vice-prefeito de Belo Horizonte e deputado federal na década de 1980.

“O meu avô sempre combateu a esquerda na região do Barreiro e ele, inclusive, era filiado ao partido Arena. O combate à esquerda vem como uma tradição familiar. Essas ideias [de esquerda] vêm de uma minoria que tem uma cartilha pronta para doutrinar as nossas crianças e jovens, movimentos que pregam a libertinagem como o movimento LGBT e feminismo, que quer trazer pautas que degradam a imagem feminina. Isso tudo não representa a família tradicional mineira, não representa os cristãos que são maioria aqui no Estado”, declarou. 

Relação com governo Zema

A expectativa de Amanda Teixeira Dias é continuar o trabalho como base do governo estadual, assim como Alê Portela. A nova deputada afirmou ser uma admiradora e eleitora do Romeu Zema, com quem compartilha “ideias em comum”. Ela ainda citou o vice-governador Mateus Simões, que, segundo ela, foi seu professor na faculdade de direito e participou, ao seu lado, de um “grupo de pensamentos econômicos”.

“Penso que uma das atribuições do Poder Legislativo é também dar governabilidade ao Executivo, principalmente quando é um governo bem-intencionado, como é o caso aqui em Minas Gerais. Serei base do governo Zema, e essa decisão aconteceu de maneira muito natural e, principalmente, por tanta afinidade”.