Após recuar do pedido que fez à prefeitura de suspensão do serviço de mototáxi em Belo Horizonte, o superintendente da Delegacia Regional de Trabalho de Minas Gerais (DRT-MG), Carlos Calazans, afirmou nesta sexta-feira (24 de novembro) ter feito a solicitação pelo elevado número de acidentes que ocorrem na cidade com essa modalidade de transporte.
O pedido foi feito para que uma regulamentação sobre o funcionamento do serviço fosse realizada na cidade. "Eu falo da necessidade de que isso ocorra há dois anos. É uma questão de segurança no trânsito e também de saúde pública. Exemplo: o mesmo capacete é usado por dezenas de pessoas por dia", apontou.
Calazans disse que o recuo, ocorrido nesta quinta-feira (23 de janeiro), foi porque ficou decidido que uma comissão, formada por representantes da Câmara Municipal, da Prefeitura, da DRT e da categoria discutirá a regulamentação. A primeira reunião será marcada em meados de fevereiro, quando o Poder Legislativo já tiver retornado do recesso.
O recuo ocorreu após uma manifestação de mototaxistas na cidade e uma declaração do prefeito em exercício, Álvaro Damião (União), de que o serviço continuaria funcionando na cidade. A manifestação reuniu integrantes da categoria na porta da prefeitura. Em seguida, o grupo se dirigiu à Câmara.
O superintendente da DRT-MG negou ter recebido reclamações do governo federal e do comando do PT, partido ao qual pertence, por ter solicitado a suspensão do serviço. Colegas de legenda de Calazans chegaram a dizer que o pedido de suspensão seria mais um "gol contra" do governo, após a crise do PIX.