O presidente da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG), Tadeu Leite (MDB), o Tadeuzinho, desconversou, nesta quarta-feira (19 de fevereiro), sobre quando a Casa fará as indicações para o Tribunal de Contas do Estado de Minas Gerais (TCE-MG). Desde outubro de 2024, dois assentos do TCE-MG estão vagos e cabe à ALMG preenchê-los.
Questionado quando a ALMG faria as indicações, disputadas por, pelo menos, sete deputados estaduais, Tadeuzinho brincou. “Pergunta de R$ 1 milhão”, afirmou o presidente, de forma breve. A declaração foi dada em coletiva à imprensa logo depois da primeira sessão de votação do ano em plenário.
Além das duas cadeiras, vagas desde as aposentadorias compulsórias dos conselheiros José Alves Viana e Wanderley Ávila, uma terceira será aberta no próximo mês de abril. A exemplo de Viana e Ávila, o ex-presidente da ALMG Mauri Torres deixará o TCE-MG ao completar 75 anos.
Em razão do alto número de candidatos, Tadeuzinho teria dito a interlocutores que espera que os deputados estaduais cheguem a um acordo por si só, ou seja, reduzam as candidaturas para afunilar a disputa. Por isso, o presidente da ALMG não teria pressa em iniciar o processo de indicação para as vagas.
São cotados para o TCE-MG Alencar da Silveira Jr. (PDT), Arnaldo Silva (União Brasil), Ione Pinheiro (União Brasil), Tito Torres (PSD), Thiago Cota (PDT), Ulysses Gomes (PT) e Gustavo Valadares (Mobiliza), que reassumiu o mandato após deixar a Secretaria de Governo.
Como já mostrou O TEMPO, Tadeuzinho estaria inclinado a fazer de uma só vez a indicação para as três vagas. Então, o processo começaria após a aposentadoria compulsória de Mauri. A princípio, havia a expectativa de que o ex-deputado antecipasse a saída, o que, por sua vez, não ocorreu.
Sem precisão de quando as indicações devem ocorrer, o nome do próprio Tadeuzinho como um dos candidatos ganhou corpo nos bastidores da ALMG. Caso trabalhe pela indicação, o presidente da ALMG poderia postergar a indicação de uma das três vagas, preenchendo apenas duas após a saída de Mauri.
Para deputados, caso Tadeuzinho confirme a candidatura, os demais abririam mão, já que ele é o presidente da ALMG. O exemplo dado é o do antecessor dele, Agostinho Patrus, que foi indicado em uma vaga até então atribuída ao ex-deputado Sávio Souza Cruz (MDB). Entretanto, Tadeuzinho estaria reforçando a interlocutores que, em 2026, será candidato à reeleição como deputado.