A prefeita de Uberaba, Elisa Araújo (PSD), voltou a defender mais duplicações para a BR-262, que liga a cidade do Triângulo Mineiro a Betim, na região metropolitana de Belo Horizonte. Recentemente, o trecho foi concedido à iniciativa privada, com um projeto que prevê 44,3 quilômetros de duplicação dos 438,9 km totais do trecho. Em entrevista ao programa Café com Política, exibido no YouTube de O Tempo nesta sexta-feira (25 de abril), a chefe do Executivo afirmou que as intervenções não seriam suficientes dada a extensão da rodovia.

No evento que marcou o início das operações da concessionária Way-262 no trecho da BR-262, em março deste ano, Elisa já havia solicitado mais duplicações para a rodovia. Ao Café com Política, a prefeita disse que essa cobrança se mantém. Ela defende que um novo estudo de tráfego seja feito, de forma a atualizar o fluxo de veículos que passam pelo trecho e chegou, inclusive, a fazer a solicitação para a Way-262.

“Eu fiquei muito satisfeita porque a cobrança valeu e a empresa já sinalizou que está fazendo a contratação da recontagem dos veículos que transitam pela 262, para podermos observar aqueles gatilhos que estão previstos dentro do contrato, com o objetivo de vermos, pelo menos, alguns trechos de maior movimentação duplicados e trazer mais segurança.”

O contrato de concessão prevê, além da duplicação, 168,8 quilômetros de faixas adicionais e 3,63 quilômetros de vias marginais e correção de traçado. Apesar de considerar que a inclusão da terceira faixa pode contribuir para melhora no trânsito, para a prefeita, o ideal seria que a duplicação ocorresse no trecho todo até a Grande BH.

“Só 44 quilômetros dos mais de 400 quilômetros previstos nessa concessão, para nós, é inadmissível. Nós que vivemos essa rodovia sabemos que ela merece outros trechos de duplicação”, afirma Elisa.

Queda de arrecadação

Durante a entrevista, a prefeita de Uberaba foi questionada sobre uma possível queda de arrecadação das cidades com projetos que reduzam impostos. Elisa diz ser a favor de projetos que favorecem o cidadão, porém, ela defende que tais medidas sejam feitas com “responsabilidade”, de forma a trazer uma compensação para a arrecadação dos municípios.

“A cada dia que passa, os municípios têm mais obrigações e menos recursos. Retirar daquilo que já é pouco é um desafio para qualquer gestor. É desafio para nós, prefeitos, nos unirmos e brigarmos por aquilo que não é para a gente e para a nossa população.”