Em 2026, os eleitores brasileiros vão às urnas para novas eleições. Além de escolherem o próximo presidente e os futuros governadores de seus respectivos estados, há também o pleito para as assembleias legislativas e para o Congresso Nacional - Câmara dos Deputados e Senado. Enquanto a eleição para deputados é proporcional, para senadores é majoritária, ou seja, vence quem obtém a maioria dos votos.
Esse sistema é o mesmo utilizado para eleições de cargos no Poder Executivo, como prefeitos, governadores e presidente. A diferença é que a eleição de senador tem apenas um turno.
O mandato dos senadores tem duração de oito anos. Entretanto, as eleições para a Casa acontecem de quatro em quatro anos. Por essa regra, o Senado renova, alternadamente, um terço e dois terços de suas 81 cadeiras.
Esse tipo de renovação é originário da Constituição de 1946. De acordo com informações da Agência Senado, o mandato de oito anos é comum em outros países de sistema bicameral e tem o objetivo de garantir estabilidade política.
Diferentemente da Câmara dos Deputados, cujo tamanho da bancada é definido a partir do tamanho do eleitorado de cada estado, a representação no Senado ocorre de forma igualitária. Ou seja, independente do tamanho da população, cada estado brasileiro é representado por três parlamentares.
Em 2026, Minas Gerais terá duas vagas abertas para o Senado, com o fim dos mandatos de Rodrigo Pacheco (PSD) e Carlos Viana (Podemos).
O que faz um senador?
No Congresso Nacional, o Senado é considerado a Câmara Alta do Poder Legislativo, tendo também o status de Casa revisora. Uma diferença entre o Senado e a Câmara dos Deputados é que enquanto o primeiro representa os Estados, incluindo o Distrito Federal, a segunda representa o povo. Por isso o número de senadores é o mesmo para cada estado, enquanto o de deputados varia de acordo com o eleitorado.
Além da função Legislativa, os senadores possuem algumas atribuições privativas, entre elas, podem julgar crimes de responsabilidade por parte do presidente da República ou ministros de Estado, enquanto a Câmara, apenas a abertura dessas ações. Nos casos de crimes de responsabilidade ou conexos envolvendo comandantes do Exército, Aeronáutica e Marinha, bem como de ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) e do procurador-geral da República, o processo e julgamento ocorrem apenas no Senado.
Também cabe aos senadores aprovarem nomes indicados ao STF, ao cargo de procurador-geral da República e de presidentes e diretores do Banco Central.
Na área econômica, o Senado também autoriza operações financeiras externas da União, Estados e municípios; fixa limites globais de montante da dívida consolidada dos entes; trata de limites na concessão de garantia da União em operações de crédito externo e interno; e determina os limites globais no montante da dívida mobiliária de Estados e municípios, segundo informações da Agência Senado.
Além das funções privativas, os senadores também dividem tarefas com os deputados federais. Entre elas, a fixação dos salários dos ministros do STF, a votação anual dos Orçamentos da União e a votação, a cada 4 anos, do plano plurianual.
Também cabe aos parlamentares a votação da organização judiciária e administrativa do Ministério Público (MPF) e da Defensoria Pública da União (DPU); a decisão sobre a criação e extinção de Ministérios e órgãos; criação e extinção de cargos, empregos e funções públicas; e definição de limites de emissão e do montante da dívida mobiliária federal.
O Parlamento, em conjunto, ainda julga anualmente as contas prestadas pelo presidente da República; fiscaliza os atos do Poder Executivo; escolhe 2/3 dos membros do Tribunal de Contas da União (TCU); e autoriza, em terras indígenas, a exploração e aproveitamento de recursos hídricos, além da lavra de riquezas minerais.