O vice-governador mineiro Mateus Simões (Novo) telefonou, na noite desta sexta-feira (20 de junho), ao governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite (PSD), para oferecer ajuda aos gaúchos para enfrentar o novo período de chuvas que atinge o Estado. Desde o início da semana, chuvas fortes atingem a região; três mortes foram registradas em decorrência das chuvas e cerca de 6 mil pessoas tiveram que deixar suas casas. O temor é uma repetição do cenário de caos com as enchentes, como ocorreu no ano passado.
“A situação obviamente é grave e traz preocupação. Minas Gerais está mobilizada para poder atuar em socorro ao estado do Rio Grande do Sul no que for necessário. Ofereci a ele apoio com os nossos homens da Defesa Civil e dos Bombeiros, e das nossas aeronaves de resgate humanitário e médico", disse o governador em exercício, que responde pelo cargo enquanto Romeu Zema (Novo) está viagem oficial à Ásia.
Em maio do ano passado, quando o Rio Grande do Sul viveu a maior catástrofe da sua história, o Governo de Minas disponibilizou 28 bombeiros, 14 agentes da defesa civil, aviões, helicóptero, colchões, água potável e mais 200 toneladas de donativos arrecadados pelo Serviço Voluntário de Assistência Social (Servas).
Também foram enviadas equipes da Copasa que auxiliaram na retomada da operação das estações de tratamento de água e da Cemig, para reestabelecimento da energia elétrica.
Tragédia
Em 2024, entre os meses de abril e maio, diversas cidades da região, incluindo a capital Porto Alegre, sofreram com fortes chuvas e enchentes históricas. Cerca de 2,4 milhões de pessoas em 478 municípios, causando 183 mortes e prejuízos econômicos estimados na casa dos bilhões de reais.
Naquela época, o nível do Guaíba, lago que recebe cerca de 80% das águas de rios do Estado, chegou a 5,67 metros em Porto Alegre, quase o dobro dos 3 metros que é a capacidade máxima antes do lago transbordar. Desta vez, o nível das águas está em 2,26 metros, neste sábado, e a expectativa é que as chuvas parem antes de uma inundação. De toda forma, os mecanismos de segurança e as comportas que protegem a capital gaúcha já foram acionados para evitar um novo alagamento.