O vice-governador de Minas Gerais, Mateus Simões (Novo), se manifestou sobre o assassinato do gari Laudemir de Souza Fernandes, de 44 anos, enquanto trabalhava em Belo Horizonte, nesta segunda-feira (11/8). Simões manifestou pesar e respeito pela vítima e pediu responsabilização do autor dos disparos.
O suspeito é o empresário Renê da Silva Nogueira Júnior, de 47 anos, preso enquanto malhava em uma academia de alto padrão no bairro Estoril, na região Oeste de Belo Horizonte.
“Não merece nenhum tipo de favor ou de consideração de quem quer que seja”, disse Simões. “Espero que ele fique preso pelo tempo necessário para que reflita sobre o mal que ele fez à sociedade e à família dele”, complementou.
O vice-governador ainda lembrou das circunstâncias que levaram ao assassinato do gari. Ele destacou que tudo começou com uma briga de trânsito e uma tentativa de agressão contra uma mulher, a motorista do caminhão de coleta de lixo, e que a vítima foi baleada ao tentar proteger a colega de trabalho.
“Os colegas garis saíram em defesa dela e um deles foi morto. Um covarde que tem que ser responsabilizado não só pelo assassinato, mas tem que ser também responsabilizado pela ameaça que fez contra a motorista. É inadmissível violência contra a mulher”, disse o vice-governador.
Ele ainda aproveitou a oportunidade para marcar posição diante de políticos de esquerda ao responder uma questão sobre o fato de o suspeito, que é marido de uma delegada da Polícia Civil de Minas, não usar algemas ao ser levado à delegacia.
“É uma orientação geral, independentemente de quem seja a pessoa, porque se entende que algemar o criminoso seria atentatório quanto à dignidade da pessoa humana”, destacou. “Infelizmente, os ‘xiitas’ da discussão dos direitos humanos muitas vezes esquecem que há uma vítima; naquele caso, morta e estendida no chão, enquanto aquele suspeito estava sendo recolhido à delegacia”, concluiu o vice-governador.