BRASÍLIA - Em meio à extinção do partido, o PSDB perdeu seu último governo estadual. Eduardo Riedel, governador do Mato Grosso do Sul, se filiou oficialmente ao PP (Progressistas), na última sexta-feira (15/8). O movimento mira a campanha de reeleição de Riedel em 2026.

A mudança foi anunciada ao lado de lideranças da legenda, em evento que marcou o lançamento da federação União Brasil e PP, nesta terça-feira (19), no Senado. Com isso, o PP passa a governar três estados: Mato Grosso do Sul, Acre (Gladson Cameli) e Roraima (Antonio Denarium).

Levando em conta a federação, o grupo conta com o total de sete governadores, à frente de todos os outros partidos. Além disso, terá a maior bancada na Câmara dos Deputados, com 109 deputados federais, e a maior bancada do Senado, com 15 senadores. A aliança também reúne o maior número de prefeituras, com 1.335 prefeitos em todo o país.

Debandada no ninho tucano

Antes de oficializar a ida para o Progressistas, Eduardo Riedel comunicou oficialmente a migração ao presidente do PSDB, Marconi Perillo. 

O partido perdeu todos os seus governadores eleitos em 2022. Eduardo Leite (Rio Grande do Sul) e Raquel Lyra (Pernambuco) já tinham migrado para o PSD de Gilberto Kassab.
 
As saídas acontecem após perda de força do PSDB no cenário nacional. Além de divergências internas, a sigla não teve candidato à Presidência da República em 2022 e perdeu o comando do estado de São Paulo depois de 20 anos. Em 2022, também teve o pior desempenho eleitoral desde sua fundação: elegeu a menor bancada da história dos tucanos na Câmara e
ficou sem bancada no Senado.

À época, o partido se federou ao Cidadania, que recentemente rompeu com a aliança, em uma tentativa de melhorar os seus resultados. Em 2024, ainda teve sua pior eleição municipal da história.

Os tucanos chegaram a aprovar uma fusão com o Podemos para se manterem com maior estrutura e evitar uma debandada de filiados, mas a união das siglas não ocorreu, diante de divergências sobre quem deveria comandá-la.