O Partido Novo em Minas definiu suas prioridades para as eleições de 2026. A legenda quer vencer a disputa no Estado com a candidatura do vice-governador Mateus Simões (Novo), eleger Romeu Zema (Novo) presidente da República, dobrar a quantidade de deputados estaduais, com a conquista de quatro vagas, e eleger pelo menos dois deputados federais.
As metas foram estabelecidas em uma reunião de dirigentes nacionais do Novo em Atibaia, São Paulo, em novembro do ano passado. Na ocasião, foi estabelecida a meta de eleger mais deputados federais para ultrapassar a cláusula de barreiras e garantir acesso do partido aos recursos públicos eleitorais.
Para transformar o desejo em realidade, o partido começou a traçar estratégias e decidiu que irá lançar os três vereadores da legenda em Belo Horizonte na disputa em 2026. Fernanda Pereira Altoé, Marcela Trópia e Braulio Lara somaram aproximadamente 46 mil votos no pleito de 2024, quase o dobro dos cerca de 22 mil que tiveram na eleição municipal anterior. Capital eleitoral que o partido não pretende desperdiçar.
Conforme apurou o Aparte, a única pendência, que ainda está sendo negociada, é a qual cargo cada um irá concorrer. O desenho está praticamente definido. Serão dois candidatos a deputado estadual e um deles candidato a federal.
A avaliação é que existe condições de fazer com que os três parlamentares atuem em conjunto, fortalecendo uma candidatura para Câmara. O problema é que nenhum dos três teria interesse inicial de se afastar de Belo Horizonte para fazer política em Brasília.
Entre os dirigentes do Novo, o modelo preferencial traria Fernanda Altoé na disputa pela vaga de deputada federal, enquanto Marcela Trópia e Braulio Lara estariam no pleito por uma cadeira na Assembleia Legislativa. No entanto, faltaria ainda convencer Fernanda. A parlamentar, assim como os outros dois vereadores do Novo em Belo Horizonte, teria preferência de permanecer na capital mineira.
O arranjo alternativo seria lançar Marcela Trópia na disputa federal e deixar Fernanda e Braulio na disputa estadual. Fernanda ultrapassou os 18 mil votos para vereadora em outubro, sendo a mais votada da legenda na capital; Marcela teve mais de 17 mil e Braulio chegou aos 9.000 votos.
A chapa toda do Novo em Belo Horizonte teve cerca de 69 mil votos. Ainda está longe dos 143 mil que foram necessários para garantir uma vaga de deputado estadual em 2022 e dos 210 mil para ter direito a uma cadeira na Câmara, mas é uma votação considerada “importante” pelo Novo.
A estratégia também seria fundamental para alavancar uma candidatura de Simões, que já atua como candidato. Importante também para aumentar a influência dos parlamentares de Belo Horizonte em um eventual terceiro mandato do Novo em Minas Gerais.
Os três não precisam renunciar aos cargos para disputar uma vaga no Legislativo e, por isso, ainda que não tenham sucesso na tentativa de uma vaga na Assembleia ou em Brasília, continuariam com a cadeira na Câmara de BH e, mesmo em uma eventual derrota, o bom resultado na eleição daria mais espaço de voz na gestão estadual e na decisão dos rumos para a eleição de 2028.