O partido Avante vai realizar uma convenção no próximo sábado, das 8h30 às 12h, na Câmara Municipal de Belo Horizonte (CMBH). A princípio, o evento tem como objetivo filiar 43 prefeitos em exercício à legenda, além de reunir pré-candidatos a prefeituras e Câmaras municipais visando às eleições de 2020.
Mas a meta principal do encontro é lançar a pré-candidatura do deputado federal André Janones à Prefeitura de Belo Horizonte (PBH). Ele se junta a Alexandre Kalil (PSD), atual prefeito e que já garantiu estar no pleito, além de Júlio Delgado (PSB), Mauro Tramonte (PRB), João Vítor Xavier (Cidadania), Luiza Barreto (PSDB), Mateus Simões (Novo) e Bruno Engler (PSL), todos dispostos a encarar as urnas no ano que vem.
Janones, no entanto, não garante concorrer, mas estará presente à reunião e disposto a estudar a possibilidade. “Na verdade é um projeto do partido, isso não foi uma iniciativa minha. É um projeto do Avante ter candidatura própria à prefeitura, e o Luis Tibé (presidente da sigla e também deputado federal) entende que a minha é viável. Não tive oportunidade de conversar com ele formalmente sobre esse assunto, pois estou enfrentando um problema pessoal e ainda um processo de cassação na Câmara. Ao que tudo indica, não vai dar em nada, mas a gente só pode ter essa certeza na hora que for arquivado”, explicou.
O deputado não crava a candidatura porque quer ter a certeza de que terá condições de vencer. “A possibilidade existe, é real, mas não vou entrar numa disputa para fazer como muitos fazem, que é fazer palanque para aumentar a votação dois anos depois. Se a gente vir que tem um projeto viável e com possibilidades reais de vencer, vou entrar, mas, se sentir que é projeto só para dar palanque e visibilidade para dois anos à frente, aí não vou participar”, continuou.
O virtual candidato, no entanto, confirma que vai abrir um gabinete em BH na sexta-feira, véspera do encontro, e que isso faz parte da estratégia não só para uma eventual disputa pela Câmara em 2022, mas também para o pleito do ano que vem.
“Já tinha um gabinete em Brasília, outro no Triângulo Mineiro e agora estou montando um em Belo Horizonte, onde devo estar com frequência maior a partir de outubro. Não vou mentir e dizer que esse gabinete não fortalece o projeto prefeitura 2020, é óbvio que fortalece, mas não é só por isso”, completou.
Janones lembra que obteve cerca de 6.900 votos na capital e um total de 26 mil na região metropolitana. Ele ganhou projeção no Estado ao dar voz à greve dos caminhoneiros que praticamente parou o Brasil em maio de 2018. Dessa forma, se tornou o terceiro deputado federal mais votado em Minas Gerais, com 178.660 votos, atrás apenas de Marcelo Álvaro Antônio (PSL), com 230.008 votos, e Reginaldo Lopes (PT), com 194.332 votos.