Além do ex-capitão da PM Adriano Magalhães da Nóbrega – apontado pelo Ministério Público do Estado do Rio (MP-RJ) como chefe da milícia do Rio das Pedras e do Escritório do Crime –, o senador Flávio Bolsonaro (PSL-RJ) homenageou outros sete companheiros dele no 16º BPM (Olaria), informa o jornal “O Globo”. Os integrantes do grupo, conhecido como “guarnição do mal” em comunidades da Zona Norte, receberam moções de louvor na Assembleia Legislativa do Rio (Alerj) no dia 4 de novembro de 2003. Só mais um policial militar da ativa foi homenageado na ocasião: Fabrício Queiroz, que viria a ser assessor parlamentar de Flávio. A “guarnição do mal” era como os moradores da região chamavam o Grupamento de Ações Táticas (GAT) comandado por Adriano. As sessões de tortura e sequestro só vieram à tona graças às denúncias do guardador de veículos Leandro, que procurou a Inspetoria Geral, órgão criado para apurar desvios de conduta de policiais civis e militares, com uma líder da associação de moradores da comunidade de Parada Lucas, no dia 26 de novembro de 2003. No dia seguinte, às 6h30, Leandro foi assassinado com três tiros na porta de casa.